Após polêmica, Cláudia Veras é dispensada de cargo no governo federal

Indicação da ex-secretária de Saúde foi questionada por envolvimento na Calvário.

Foto: divulgação/Secom-PB
Após polêmica, Cláudia Veras é dispensada de cargo no governo federal
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O barulho dos aliados do presidente Jair Bolsonaro contra a indicação da ex-secretária de Saúde da Paraíba, Cláudia Luciana de Sousa Mascena Veras, que é alvo da Operação Calvário, para um cargo comissionado no no governo federal, surtiu efeito. Ela foi dispensada da função antes mesmo de tomar posse. O ato do chefe de gabinete do Ministério da Saúde, Paulo César Ferreira Junior, substituindo Veras por outra servidora, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (08).

Cláudia Veras havia sido nomeada na última quinta-feira (04) para a a função comissionada Técnica de Auxiliar de Serviços em Saúde II na Superintendência Estadual do Ministério da Saúde na Paraíba.  A ex-secretária é servidora efetiva do Ministério da Saúde.

A nomeação de Cláudia Veras também foi tema de questionamentos do deputado Cabo Gilberto (PSL), que é uma das vozes de oposição ao grupo político liderado pelo ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), atualmente parte dele comandado pelo governador João Azevêdo (Cidadania). “Não podemos culpar o presidente Bolsonaro por esse erro, pois a nomeação ocorreu pela indicação da superintendência regional, que de fato cometeu esse enorme equívoco”, comentou o deputado.

Imbróglio

Alvo de mandado de prisão durante a sétima fase da Operação Calvário – Juízo Final, em dezembro de 2019, atualmente Cláudia Veras continua obedecendo medidas restritivas de liberdade, como a utilização da tornozeleira eletrônica. Na época ela foi exonerada pelo governador João Azevêdo.

Cláudia Veras é acusada de ser peça chave no suposto esquema de corrupção que teria funcionado no governo durante gestões socialistas. Ela comandava a Secretaria de Saúde do Estado quando teria ocorrido a maioria dos crimes relatados na denúncia formulada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). Segundo os autos, ela teria contado, para isso, com o apoio da deputada estadual Estela Bezerra (PSB).