O prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (PSB), entregou ontem requerimento na sede da Executiva Municipal do PSB se desfiliando do partido. O documento também foi entregue à Justiça Eleitoral. Apesar de estar livre para apoiar candidatos de outros partidos, Agra disse ainda não ter definido seu posicionamento político nas eleições deste ano. “Diante da exclusão imposta pela Direção do Partido, decidi me desfilar hoje do PSB. Em breve, anunciarei o meu posicionamento político”, declarou em seu microblog no Twitter.
A desfiliação foi anunciada na manhã de ontem, via Twitter. Agra aproveitou a rede social para agradecer o apoio recebido durante o período em que pleiteou disputar as eleições. "Venho de público agradecer a todos que me acompanham e me dão força para continuar lutando por uma cidade melhor”, tuitou.
Já em nota enviada pela assessoria, o prefeito Luciano Agra desabafou sobre o que vinha passando interinamente no PSB. “A situação ficou insustentável. Não tinha mais como permanecer no PSB após os sucessivos atos discriminatórios e desrespeitosos que sofri”, justificou Agra, dizendo ainda que a decisão foi tomada depois de ouvir a população e refletir sobre os últimos acontecimentos, incluindo a disputa eleitoral interna promovida pelo partido.
“O PSB não me quer mais e nem eu sinto pertencer mais ao partido. Continuo mantendo o meu respeito e amizade aos companheiros dessa legenda que eu ajudei a reestruturar a partir de 2002 e que tive a honra de integrar a sua Executiva Nacional”, pontuou.
Procurado por diversos pré-candidatos, Agra disse que o momento é de conversas com os partidos, mas garantiu que sua opção será pela manutenção das forças políticas que ajudaram a construir a gestão nos últimos sete anos.
O PSB divulgou nota em que se diz surpreso pela "atitude" do prefeito, "que revela a falta de compreensão ao processo partidário de escolha da candidatura do PSB para as eleições de 2012, em João Pessoa", processo esse que se deu "de maneira democrática" e em observância ao estatuto do PSB. A desfiliação, para o diretório, revela "ingratidão e deslealdade" do gestor, mas que isso não desanima o partido de tocar seu projeto.
