Agra diz que é nobre o pedido de demissão

Prefeito comentou carta de Edvaldo Rosas e negou acusações de perseguição a membros do PSB na gestão municipal. 

O prefeito Luciano Agra (PSB), durante solenidade no bairro de Valentina Figueiredo, ocorrida ontem, rebateu as acusações contidas na carta entregue pelo presidente do PSB na Paraíba, Edvaldo Rosas, na última quarta-feira, e pôs à prova a paciência dos que ficaram insatisfeitos com sua reforma administrativa.

Ontem à noite, a Executiva Municipal do PSB de reuniu para discutir os efeitos da crise no partido.

Agra avaliou como ‘nobre’ o pedido de demissão de Edvaldo Rosas, que entregou o cargo de assessor que exercia na Prefeitura e fez o anúncio durante entrevista coletiva na sede do partido, em protesto contra a exoneração de socialistas históricos da administração municipal e pela suposta perseguição e intimidação por parte de Agra contra os militantes do PSB.

Ponderado, Agra negou todas as acusações, sobretudo a de perseguição. “O que eu achei, o meu entendimento dessa carta, para mim é um gesto nobre, até porque um presidente estadual de um partido tem que trabalhar no Estado todo, e aí não pode ficar alojado na Prefeitura sem ter condições de atuar em todo o Estado, até porque a prefeitura só tem atuação na capital”, declarou, acrescentando que a perseguição não faz parte nem do seu comportamento nem da sua história.

“Então eu vi muito mais como um gesto nobre e muito menos como essa história de perseguição”, frisou.

O prefeito também negou o entendimento de Edvaldo Rosas de que ele estaria privilegiando outros partidos, em detrimento do PSB.

Ontem à noite, durante reunião com a Executiva Municipal do PSB, a pré-candidata socialista Estelizabel Bezerra preferiu adotar um discurso polido para não se envolver na polêmica da exoneração de figuras carimbadas dentro do PSB. “A carta dele tem coerência com a construção partidária mas, particularmente, estou focada em que nossa campanha se estabeleça”, afirmou.