Demandas do setor produtivo da Paraíba e preocupações de empresários do estado com o contexto econômico do país foram apresentados ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, nesta segunda-feira (13), durante reunião deliberativa da Confederação das Associações Comerciais e Empresarias do Brasil (CACB).
No evento, a Paraíba foi representada pela presidente da Associação Comercial da Paraíba, Melca Farias, que em discurso citou uma retração de 26% do comércio varejista do estado, entre os meses de janeiro e setembro, e solicitou ações para o desenvolvimento da infraestrutura local. Empresários de 21 estados compareceram ao evento.
Questionada pela reportagem da CBN Paraíba, nesta terça-feira (14), Melca disse que pediu ao vice-presidente atenção a demandas como ampliação do Porto de Cabedelo e projetos para o agronegócio, com ênfase na produção do Etanol e no fortalecimento do mercado interno paraibano.
Para que o empresário tenha êxito, é necessário que o Estado chegue com infraestrutura. Então, falei para ele que precisamos ter melhor infraestrutura, precisamos ter políticas públicas para modais, precisamos de uma rede ferroviária fortalecida e precisamos fortalecer o nosso mercado interno, disse.
Governo enxuto
Ao citar a aprovação da reforma tributária, Melca Farias disse que o país precisa de “um governo enxuto”, lembrando que a reforma tributária está sendo aprovada antes da reforma administrativa, que visa reduzir a máquina do Governo Federal e reduzir custos.
“É necessário que tenhamos o fortalecimento das nossas empresas e precisamos de um governo enxuto. É necessário que se enxugue. A gente só tem lucro se a gente segurar as nossas despesas, e o Estado precisa segurar as suas despesas”, comentou.
Em resposta, o vice-presidente disse que o Governo Federal “está trabalhando” para melhorar a infraestrutura na região Nordeste. Ele citou como exemplo a ampliação da malha ferroviária através da Transnorestina.
Melca também informou que convidou o vice-presidente para uma visita à Paraíba em 2024.
Reforma tributária
“Passada a reforma tributária, o caminho deve ser a desoneração da folha. O grande desafio hoje, no mundo, é o emprego e a renda e é preciso estimular que emprega no nosso país”, defendeu.
Sobre a reforma tributária, ele citou a necessidade de aprovação do texto para que a economia cresça e disse que a ideia é simplificar o sistema tributário e desonerar investimentos. “A medida pode, em 15 anos, elevar o PIB em 12%”, pontuou.
Alckmin tratou a burocratização e o chamado “Custo Brasil” como gargalos, pontos que, segundo ele, precisam ser resolvidos para que o país se desenvolva. “Precisamos das reformas, de melhorar a logística do nosso país, reduzir os juros, desburocratizar processos e estimular que micro e pequenas empresas ingressem no comércio exterior”, pontuou.
Paraíba – a logística do nosso pais. Ver artigos de Austerliano na internet: ‘Conveniência Sustentável’ e ‘Custo do Consumidor Ecológico’.