Uma dupla mobilização foi realizada em João Pessoa nesta segunda-feira (9) como ato em defesa da democracia, um dia depois de terroristas ligados ao bolsonarismo terem invadidos as sedes dos três poderes em Brasília. Os atos aconteceram primeiro no Sindicato dos Bancários e depois no Busto de Tamandaré, às 16h e 18h respectivamente, e foram convocados por partidos de esquerda, centrais sindicais e entidades da sociedade civil.
No Busto de Tamandaré, o ato pela democracia ocupou parte da área, com faixas e bandeiras em favor da democracia, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra as tentativas de golpes. Cânticos e palavras de ordem foram proferidas na praia em defesa da alternância pacífica de poder.
Antes, no Sindicato dos Bancários, várias lideranças políticas já tinham se manifestado. Um deles foi o deputado federal eleito Luiz Couto (PT), que classificou as cenas de domingo (8) como “barbárie” e como “ação de golpe de estado”.
Para ele, não restam dúvidas sobre as responsabilidades do ex-presidente da República, que após perder a disputa ela reeleição deixou o cargo no dia 30 de dezembro, quando viajou para os Estados Unidos:
“Bolsonaro está atrás disso. Foi uma ação orquestrada, com a PM do Distrito Federal sendo omissa ou mesmo apoiando os atos. A gente tem que reagir a essa tentativa de golpe”, criticou Luiz Couto.
Ele disse ainda que o momento é de luta e de ir às ruas e que é preciso, acima de tudo, descobrir os financiadores da tentativa de golpe. “Há muito o que investigar”, resumiu.
Presidente da Central Única dos Trabalhadores da Paraíba (CUT-PB), Tião Santos disse que foi necessário um grande poder de mobilização para realizar os atos de forma tão repentina, sendo organizados em tão pouco tempo. Mas que isso mostra a força que os defensores da democracia possuem. “É preciso barrar o terrorismo bolsonarista que tenta destruir as instituições”, disparou.
Mobilização em Campina Grande
A mobilização pela democracia em Campina Grande aconteceu na Praça da Bandeira e reuniu grupos de esquerda que se diziam em favor das instituições democráticas do país. Foi posto um microfone e uma caixa de som na própria praça e foi facultado a palavra aos participantes.
Os discursos tinham uma linha semelhante entre si. Diziam, entre outras questões, que a democracia “é do povo para o povo” e disse que o momento é de ir pacificamente para as ruas para reestabelecer a ordem no país.
“Com Lula, a ordem vai ser reestabelecida através da força dos trabalhadores”, declarou um deles.
Algumas das pessoas que aderiram à mobilização levaram cartazes pedido rigor na investigação e com frase de “sem anistia”. Uma mulher apareceu na Praça da Bandeira carregando uma Constituição Federal, simbolizando a defesa da democracia.
O ato foi pacífico. Defendeu-se também a pluralidade e a diversidade de pensamentos.
