Phelipe Caldas
Pelo segundo dia consecutivo os parlamentares de situação da Assembléia Legislativa da Paraíba se revezaram na tribuna da Casa para fazerem duras críticas ao processo de cassação que envolve o governador Cássio Cunha Lima (PSDB) e o vice-governador José Lacerda Neto (DEM) e à bancada de oposição que insiste em boicotar as sessões do legislativo paraibano. Os 16 parlamentares da oposição prometem manter boicote até a saída de Cássio do Governo.
Um dos mais enfáticos em seu discurso foi o líder do governo Manoel Ludgério (PDT), que chamou os oposicionistas de “parlamentares manobristas”, porque segundo ele passavam mais tempo na garagem da Assembléia, boicotando as sessões, do que dentro do plenário discutindo as questões do Estado.
O deputado Dunga Júnior (PTB) foi outro quem reclamou da postura dos deputados de oposição e disse que estava na hora deles se posicionarem como verdadeiros representantes do povo, que participam das discussões e respeitam a decisão majoritária.
João Gonçalves e Ricardo Barbosa (ambos do PSDB) foram outros dois que se exaltaram, declarando que o boicote dos oposicionistas era ilegal e um crime contra a democracia. Eles reclamaram também do clima de instabilidade e lamentaram a presença dos 16 colegas da bancada de oposição.
Barbosa, no entanto, refutou a tese de que as decisões tomadas nestes dias eram irregulares, porque segundo ele a Assembléia Legislativa da Paraíba ainda era soberana para votar e decidir sobre as matérias em pauta.
Os deputados Biu Fernandes e Branco Mendes (ambos do DEM) foram outros dois que se manifestaram, mas basicamente repetiram os discursos que já tinham feitos na tarde de terça.
