O candidato a prefeito de Campina Grande pelo PCdoB, Inácio Falcão, descartou que sua candidatura em um partido de esquerda represente fisiologismo político, uma vez que ele também já integrou partidos de direita e do ‘centrão’. O deputado estadual foi filiado ao PSDB de 2008 a 2012, partido que hoje luta contra por, segundo ele, representar as oligarquias que ele percebeu não representarem seu posicionamento político. Inácio também já disputou eleições pelo PFL, hoje DEM; PDT e PTdoB, hoje Avante.
“Tudo na vida exige mudança. Num cenário político, isso não é diferente. Todos mudam de partido, de conjuntura, de opinião. A minha trajetória política nasceu dentro de Campina Grande em algum grupo político. Eu tinha um posicionamento político que ao longo do tempo fui enxergando que não era salutar para Campina Grande. No grupo que participei existiam decisões internas que eu não concordava. Por isso optei por migrar para outras siglas”, explicou.
Inácio assegurou que sua posição política hoje se define como uma ‘esquerda moderada’, que prioriza o debate democrático acima de qualquer partido. Segundo ele, não partirá de sua gestão qualquer tipo de problema em dialogar com o presidente Jair Bolsonaro.
“Sou de centro. Eu sou de uma esquerda mais moderada onde a gente possa reconstruir uma história de uma cidade que realmente precisa de uma forma de reconstrução. E, acima de tudo, eu acho que o partido contribui, sim, com alguns posicionamentos que a gente pode tomar dentro da gestão. O que estamos propondo é dialogar com a sociedade, que seja extrema esquerda, que seja centro, que seja extrema direita. Mesmo sendo candidato por um partido de extrema esquerda, não vou me ofuscar em poder sentar com o governo Bolsonaro para que a gente possa trazer recurso para Campina Grande”, pontuou.
