Cássio afirma que déficit primário deve chegar a R$ 150 bilhões

Equipe da presidenta afastada pediu autorização para um déficit de R$ 96,7 bi, mas os atuais ministros têm dito que o valor é bem maior.

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse nesta quarta-feira (18) que o déficit primário pode ficar na casa dos R$ 150 bilhões. Ele deu a declaração após a reunião de senadores dos partidos aliados com o presidente interino Michel Temer no Palácio do Jaburu.

Segundo Cunha Lima, na próxima segunda-feira (23), o governo enviará ao Congresso Nacional a meta fiscal revisada. “Os números ainda estão sendo apurados, mas já há possibilidade de falarmos de um déficit que passa da casa dos R$ 150 bilhões. A situação fiscal do país é mais grave do que o pior cenário que se imaginava e isso será devidamente informado à população". De acordo com o senador, o rombo nas contas públicas, tudo indica, é muito maior do que se imagina.

O líder tucano informou que o valor de R$ 150 bilhões é uma estimativa. “Pode ser maior ou menor que esse valor. A revisão da meta é para ampliar esse déficit já previsto de R$ 96 bilhões”.

Cássio Cunha Lima acrescentou que a revisão da meta fiscal deverá ser votada no Congresso até quarta-feira da semana que vem (25).

A equipe econômica da presidenta afastada Dilma Rousseff pediu autorização ao Congresso para um déficit primário de R$ 96,7 bilhões este ano. Mas os ministros do governo interino têm dito que o déficit ultrapassa esse valor.

Entre os senadores presentes no Jaburu estavam José Agripino Maia (DEM-RN), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Fernando Collor de Mello (PTC-AL), Benedito de Lira (PP-AL), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Eunício Oliveira (PMDB-CE), Marcelo Crivella (PRB-RJ), Eduardo Amorim (PSC-SE), Omar Aziz (PSD-AM), Wellington Fagundes (PR-MT) e Antonio Carlos Valadares (PSB-SE).