O deputado estadual Renato Gadelha (PSC) disse, nesta terça-feira (2), que a escolha do nome da família Gadelha para disputar uma das vagas à Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), nas eleições de 2018, vai depender do cenário político que será estabelecido no próximo ano. Apesar de afirmar que a sua candidatura à reeleição é “irreversível”, o parlamentar disse não ter problemas com o primo André Gadelha (PMDB), ex-prefeito de Sousa, que já lançou-se candidato a deputado.
“Não existe problema com André, inclusive, conversamos praticamente todos os dias. Agora, tudo será decidido no tempo hábil, porque não podemos escolher candidatura ou formatar chapas sem saber o que vai acontecer em 2018. Não sabemos se o governador será afastado ou não; se o prefeito de Sousa [Fábio Tyrone], será afastado ou não; não sei quem será o nosso candidato a governador, e nem quem serão os postulantes ao Senado. Então temos que ver o macro para depois pensar no menor, que é a escolha dos candidatos”, argumentou.
Mesmo com a declaração de que tudo será definido em 2018, Renato Gadelha afirmou que não abrirá mão de sua candidatura à reeleição. “É irreversível, serei candidato novamente a deputado. Agora, evidemente que pode surgir um fato novo que modifique esse pensamento. Hoje, sou candidato à reeleição, mas posso ter um chamamento a participar de outras coisas, e ai poderei declinar dessa situação”, disse.
Esperança em Sousa
Uma das esperanças da família Gadelha é a cassação do atual prefeito de Sousa, Fábio Tyrone (PSB), que enfrenta processos na justiça eleitoral. O socialista, inclusive, teve os seus direitos políticos suspensos por três anos, em ação de improbidade administrativa julgada pela Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em fevereiro deste ano. A defesa do gestor recorreu e ele fica no cargo até o trânsito em julgado da decisão condenatória.
Caso o afastamento de Tyrone se confirme, quem poderá assumir a Prefeitura de Sousa é André Gadelha, que disputou a reeleição nas eleições de 2016 e foi derrotado, abrindo o caminho para a reeleição de Renato Gadelha. Questionado sobre o assunto, o deputado aproveitou para tecer severas críticas ao governo socialista na “Terra dos Dinossauros”.
“Ele [Fábio Tyrone] faz uma péssima gestão, a exemplo do primeiro governo [2008-2012] quando não teve nem condição de disputar à reeleição. Ele consegue se superar, sendo pior neste governo do que o anterior”, concluiu.
