Por ANGÉLICA NUNES e LAERTE CERQUEIRA
O médico paraibano Marcelo Queiroga foi empossado nesta terça-feira (23) pelo presidente Jair Bolsonaro. De acordo com informações do G1, a cerimônia foi discreta, no Palácio do Planalto, e não constava na agenda oficial do presidente. A nomeação de Queiroga foi publicada numa edição extra do Diário Oficial da União de hoje.
Marcelo Queiroga foi anunciado como substituto de Eduardo Pazuello no último dia 15 de março, após a negativa da médica Ludhmila Hajjar a assumir o cargo.
Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga é o quarto ministro da Saúde desde o começo da pandemia de Covid, há pouco mais de um ano.
Ele assume a pasta no pior momento da pandemia de Covid-19, com recordes sucessivos de mortes e contaminações. O Brasil já soma mais de 290 mil mortes pela Covid.
Antes de tomar posse, o paraibano teve que deixar de ser sócio-administrador de unidades hospitalares, aqui na Paraíba. Esse, inclusive, teria sido um dos motivos para a nomeação sair com alguns dias de atraso.
Em uma das entrevista que concedeu, o paraibano acenou que iria manter a política de saúde pública do governo Bolsonaro. “A política é do governo Bolsonaro. A política não é do ministro da Saúde. O ministro da Saúde executa a política do governo”, declarou.
Repercussão
O deputado federal Efraim Filho (DEM), coordenador da bancada federal, comemorou a posse de Queiroga.
“Boa notícia para a Paraíba e o Brasil. Que sua chegada represente a esperança de que a voz da saúde e da ciência conduzirá efetivamente o Ministério. É uma importante referência para o cidadão médio brasileiro, ter a voz do médico, da saúde, como eixo pra se orientar nesse momento de crise e pandemia”, afirmou.
Queiroga
Marcelo Queiroga é natural de João Pessoa. Formado em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba, fez residência em cardiologia no Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro. Tem especialização em cardiologia, com área de atuação em hemodinâmica e cardiologia intervencionista.
Em dezembro do ano passado, Queiroga foi indicado por Bolsonaro para ser um dos diretores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A indicação não chegou a ser votada pelo Senado Federal.
No currículo enviado ao Senado, Queiroga informou ser diretor do Departamento de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista do Hospital Alberto Urquiza Wanderley, em João Pessoa, e cardiologista do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita.
Segundo informações do site da Receita Federal, Queiroga é sócio do Cardiocenter – Centro de Diagnóstico e Tratamento das Doenças Cardíacas. Este, inclusive, estaria sendo o fator determinante para a demora da oficialização dele como ministro da Saúde, por impedimento legal.
