Defesa de prefeito de São Mamede critica prisão na Operação ‘Festa no Terreiro 2’; confira áudio

Além do prefeito Umberto Jefferson, foram presos, preventivamente, Josivan Marques e Maxwell Brian.

Umberto Jefferson, prefeito de São Mamede. Foto: Divulgação.

O advogado de defesa do prefeito de São Mamede, Umberto Jefferson, preso na manhã desta terça-feira (15), na Operação Festa no Terreiro 2, criticou a decisão da Justiça.

Alexandre Nunes afirmou ao Conversa Polícia que causou estranheza a prisão cautelar e foi, segundo ele, desnecessária.

“Uma vez que desde a primeira busca e apreensão, o mandatário de São Mamede vem colaborando veementemente com todas as determinações judiciais, afastou de pronto membros das comissão de licitação, tem endereço certo, residência fixa, profissão certa, é primário, nunca recebeu nenhuma espécie de processo”, afirmou.

A Operação da Polícia Federal e GAECO/MP/PB tem o objetivo de combater esquema de direcionamento de licitações, desvios de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.

Foram cumpridos 6 mandados de busca e apreensão, sendo 5 no município de Patos e 1 no município de São Mamede.

Além do prefeito, foram presos, preventivamente, na manhã desta terça-feira (15),  Josivan Marques, que, segundo os investigadores, é articulador do esquema; e Maxwell Brian, dono de empresa do consórcio, operador e beneficiário do desvio de recursos, de acordo com a polícia.

Já João Lopes Neto, presidente da Comissão Licitação, é considerado foragido. Na lista de investigados também está Eumar Carvalho Maia (não tem prisão) , dono da empresa que venceu a licitação.

Ouça o que disse o advogado:

Operação

Na operação de hoje (15), também foi determinado o sequestro de bens no valor equivalente a R$ 5,1 milhões. Todas as medidas judiciais foram determinadas pelo desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos do Tribunal de Justiça da Paraíba.

Crimes

Os crimes investigados são frustração do caráter competitivo de licitação, violação de sigilo em licitação, afastamento de licitante, fraude em licitação ou contrato, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, todos do Código Penal, bem como lavagem de dinheiro.

Primeira fase

É a segunda fase da Operação Festa no Terreiro, deflagrada em 02 de março, onde foram apreendidos documentos e mais de R$ 250 mil em espécie na casa de um dos alvos.

A PF, juntamente com o Gaeco, apuram fraudes em licitações e desvios de recursos que teriam provocado um prejuízo estimado em R$ 8 milhões.

Parte do dinheiro apreendido, R$ 150 mil, estava em uma caixa trancada com cadeado. Outra parte guardada em uma maleta.

A operação é um desdobramento da ‘Bleeder’, que já havia cumprido ordens judiciais em fevereiro nas duas cidades. No caso da ‘Bleeder’, a investigação apura desvios e superfaturamento em obras hídricas da Paraíba.

O nome da operação de hoje (15), Festa no Terreiro 2, é uma referência ao linguajar utilizado pelos investigados ao combinar o resultado de licitações.