Presidente da CPI do Feminicídio na ALPB orienta vítimas como Pamella Holanda a denunciar

Por ANGÉLICA NUNES e LAERTE CERQUEIRA

Presidente da CPI do Feminicídio na ALPB orienta vítimas como Pamella Holanda a denunciar
Foto: divulgação

Como presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Feminicídio, na Assembleia Legislativa da Paraíba, a deputada Cida Ramos emitiu nota para expressar sua total solidariedade a Pamella Holanda. Ela foi agredida física e verbalmente por diversas vezes pelo marido, o DJ paraibano Iverson de Souza Araújo, mais conhecido como DJ Ivis.

“O caso expõe ao Brasil cenas terríveis do que acontece nos domicílios de milhares de mulheres e meninas cotidianamente. Elucida a dinâmica da violência doméstica, do machismo e da misoginia que provocam violações de direitos e, muitas vezes, o feminicídio. Reafirma a posição do país como o quinto que mais mata mulheres no mundo e que agride 8 mulheres a cada minuto”, disse a parlamentar.

O caso veio à tona neste domingo (12) e está sendo investigado pela polícia do Ceará, onde ocorreram os fatos. Aqui na Paraíba, destaca Cida Ramos, há mecanismos para combater a violência doméstica, como a que Pamella foi vítima.

Uma delas é a lei que institui o Protocolo Emergencial Sinal Vermelho de Proteção às Mulheres Vítimas de Violência Doméstica. Enquanto durar o período de pandemia, atendentes de farmácias devem ficar atentos ao receberem uma mulher que apresente, na palma da mão, um sinal vermelho feito em “x”. Ela deve ser encaminhada a uma sala segura para aguardar atendimento especializado.

A ação deve ocorrer sem chamar a atenção dos demais clientes ou do possível agressor. O estabelecimento também deve anotar o nome completo da mulher e o seu endereço, caso ela tenha que sair do local, e ligar para a Polícia Militar (190).

“Corajosamente, Pamella Holanda compartilhou as imagens das agressões em rede social neste domingo, demonstrando que a denúncia é uma ferramenta importante contra a violência, todavia, muitas mulheres são agredidas e não têm condições de se manifestarem, por isso, cabe a toda sociedade e aos poderes públicos o dever da denúncia”, lamentou a deputada.