Justiça concede prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica a Padre Egídio

Para ter direito a responder em prisão domiciliar Padre Egídio terá que cumprir algumas medidas cautelares.

Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

O juiz José Guedes Cavalcanti, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, decidiu, nesta quinta-feira (18), converter a prisão preventiva do Padre Egídio de Carvalho em domiciliar.

A decisão foi tomada diante do quadro clínico de saúde do religioso, que está internado no Hospital da Unimed após ser submetido a uma cirurgia.

“De acordo com os documentos acostados, Egídio de Carvalho Neto submeteu-se a uma cirurgia abdominal de urgência para retirada de um tumor, esteve internado na UTI do Hospital da Unimed, hipótese que, aliada aos demais problemas de saúde que ele tem, deixam-no na condição de “debilitado por doença grave”, havendo previsão legal para o acolhimento do pleito”, decidiu, com base em parecer favorável do Ministério Público.

Medidas cautelares

Para ter direito ao afrouxamento da prisão, Egídio terá que cumprir algumas medidas cautelares, tais como:

  • Uso de tornozeleira eletrônica
  • Proibição de se ausentar de sua residência em João Pessoa sem autorização judicial
  • Proibição de manter contato com pessoas diversas de seus advogados constituídos e dos familiares que residem no mesmo imóvel, salvo casos de urgência e mediante comunicação à Justiça
  • Proibição de acesso ou frequência em estabelecimentos vinculados a ASA e ao Instituto São José, assim como a proibição de contato com qualquer colaborador destas instituições, bem como com as demais acusadas

Ex-diretor do Hospital Padre Zé e alvo da Operação Indignus, o religioso estava preso na Penitenciária Especial do Valentina desde o dia 17 de novembro de 2023.

Egídio e outras duas ex-diretoras da entidade – Jannyne Dantas e Amanda Duarte- são acusados pelo Ministério Público da Paraíba de liderar um esquema que teria desviado recursos milionários.

Com a decisão favorável ao religioso, apenas Jannyne permanece presa preventivamente. Na decisão, o juiz determina que o Amapá de parecer sobre o caso dela.

Amanda Duarte, por ter filho pequeno, tem respondido desde a operação Indignus em prisão domiciliar.