Uma vida de talento, criatividade, bom humor e polêmicas. Rita Lee era amada, por muitos, justamente porque era tudo ao mesmo tempo. Era liberdade. Transgressão. Fora do padrão. Uma das maiores cantoras e compositoras da história da música brasileira, morreu nesta segunda-feira (8), aos 75 anos.
Ela foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2021 e vinha fazendo tratamentos contra a doença. A família da cantora divulgou um comunicado nas redes sociais dela:
Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, em São Paulo, capital, no final da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou”. O velório será aberto ao público, no Planetário do Parque Ibirapuera, na quarta-feira (10), das 10h às 17h.
No quesito polêmica com política, ela sempre dava os seus recados. Há um ano, ao anunciar a cura do câncer de pulmão, apelidou seu tumor de ‘Jair’, uma referência a então presidente Jair Bolsonaro.
A ‘brincadeira’ foi registrada pela apresentadora Astrid Fontinelle, no dia 22 de abril de 2022 (veja post abaixo).
Rita Lee curada de um câncer de pulmão que ela , sempre na sintonia fina da ironia, apelidou de jair. Rita minha musa, deusa, trilha sonora da minha vida. Santa Rita de Sampa! Permita-me celebrar essa conquista, parte de sua intimidade, mas são tão poucas as alegrias dessa nossa vida adulta….Celebremos todos!!! VIVA RITA!”, escreveu Astrid.
Autobiografia e os políticos
Em autobiografia, Rita Lee deixou ‘profecia’ sobre repercussão de sua morte.
Nela falou sobre a sua relação com os políticos. “Nenhum político se atreverá comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los”, cravou.
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Luto oficial no Brasil
O Governo Federal declarou luto oficial de três dias, em todo o país, pela morte da cantora Rita Lee. O decreto foi assinado nesta terça-feira (9) e será publicado ainda hoje, em edição extra do Diário Oficial da União.