A tão sonhada terceira via na eleição para presidente do Brasil cambaleia. E, pelo andar da carruagem, vai virar pó em breve. Não conseguirá tirar nem Lula nem Bolsonaro do segundo turno.
Dória (PSDB) não sai do lugar. Moro (UB) não sabe o seu lugar. Simone Tebet (MDB) não terá tempo de chegar aos rincões do país. Mesmo se juntassem os três, a essa altura do campeonato, não vai adiantaria muito.
Ciro, não mais considerado uma terceira via, pode ganhar bastante com essa ruína antecipada do grupo de ‘bolsonaristas arrependidos’. Mas é difícil ele arruinar a polarização.
Um exemplo claro disso está no interior da Paraíba. É recorte, claro, mas emblemático.
Semana passada, passamos por dezenas de cidades do Sertão. Em muitas delas, vimos toalhas e bandeiras com fotos e cores de Lula e Bolsonaro, lado a lado, já duelando em praça pública.
É como se outros líderes da política não existissem. Uma conversa em um fiteiro, em um café no posto ou em casas na zona rural, o duelo se repete. Não existe terceira via.
A seis meses da eleição, a “frente democrática” contra o populismo de direita e de esquerda vira fumaça mesmo antes de existir.
No interior, a maioria já não espera por outra opção. O mercado eleitoral já ganha dinheiro com os ícones competitivos e o brasileiro vai para o segundo turno com Bolsonaro X Lula.
Existe os Bolsonaristas arrependidos, é verdade, mas novos Bolsonaristas apareceram em número maior. As obras de infraestrutura, mais parlamentares no partido que o presidente está filiado, auxílio na pandemia e Bolsa Brasil, etc garante uma votação maior para Bolsonaro em relação a 2018. Com grandes chances de vencer no 1° turno.
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