Definições no Sertão: união de forças em Sousa e desistência estratégica em Patos

Partidos procuram as melhores composições para que seus postulantes cheguem com chances de vitória no pleito de outubro deste ano

O fim de semana foi de definições no Sertão do Estado. Em Sousa, o imprevisível aconteceu: a oposição se uniu para enfrentar André Gadelha (PMDB). Na verdade, as duas principais lideranças oposicionistas, o empresário Zenildo Oliveira (PSD) e ex-prefeito Fábio Tayrone (PSB), que já foram sócios e nos últimos anos “duelavam”, deixaram de lado o conflito e as diferenças e usaram o pragmatismo. Separados, não tinham a mínima chance de desbancar o peemedebista.

A união inclui ainda o presidente do Pros, Lindolfo Pires, e o governador Ricardo Coutinho (PSB). Neste caso, uma curiosidade: Coutinho e o deputado federal Rômulo Gouveia, principal liderança do PSD e que estão rompidos desde 2014, unem-se. Também agem de maneira pragmática. São as realidades locais se sobrepondo às divergências das lideranças partidárias. O nome do “cabeça de chapa” só será definido depois de pesquisa.
 
Nabor vai substituir Chica
Em Patos, aconteceu o previsível. O deputado estadual Nabor Wanderley foi oficializado candidato a prefeito pelo PMDB. Assume o posto depois que a atual prefeita, Chica Motta, desistiu de ir para reeleição. O grupo evita falar que a avaliação da prefeita não é boa, mas esse seria o motivo da mudança. O principal adversário, o deputado Dinaldo Wanderley vai usar a mudança para expor uma suposta fragilidade no grupo.   
Articulação em Campina
O pré-candidato a prefeito de Campina Grande, Adriano Galdino (PSB),  já dá como certo o apoio de nove partidos na Rainha da Borborema. Com esta base, o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba pode ter o maior tempo de guia eleitoral. Adriano tem se mostrado rápido nas articulações, com o governador dando o aval.
 
A briga continua
A briga entre o governo do Estado e o Ministério das Cidades não parou ainda. O governo da Paraíba quer mostrar que há dois pesos e duas medidas no que se refere à liberação de recursos e já busca prova de que o tratamento para aliados do ministro Bruno Araújo é bem melhor. Novidades já, já.