Deputado Leonardo Gadelha diz estar pronto para ser cassado

Gadelha afirmou que se a Justiça Eleitoral entender que houve infidelidade partidária, ele "não se preocupa em perder alguns meses de seu mandato".

Phelipe Caldas

Depois que o deputado estadual Nivaldo Manuel (PMDB) foi cassado por infidelidade partidária, o também deputado Leonardo Gadelha (PSC), que responde a processo parecido por ter deixado o PSB, declarou na tarde desta terça-feira (6) que está pronto para ser cassado caso seja este o entendimento da justiça eleitoral. Ele diz, contudo, que não abre mão de sua coerência: "Tem tanta gente que no passado morreu por causa da defesa de suas ideias, que eu não me preocupo em perder alguns meses de meu mandato".

Ele diz que o Partido Socialista Brasileiro deu uma guinada de 180° desde que o seu presidente estadual, o ex-prefeito pessoense Ricardo Coutinho, anunciou aliança com o PSDB do ex-governador Cássio Cunha Lima e com o DEM do senador Efraim Morais.

Gadelha lembra ainda que, no caso do PSB, aconteceu um fato único, quando 100% das bancadas estadual e federal deixaram a legenda socialista. Ao todo foram dois deputados estaduais (o próprio Leonardo Gadelha e Carlos Batinga), dois suplentes que ocuparam mandato (Nadja Palitot e Expedito Pereira) e dois deputados federais (Manoel Júnior e Marcondes Gadelha) que deixaram o PSB em setembro do ano passado.

"Esta foi uma demonstração clara de que não saímos do partido por capricho. O PSB sofreu uma guinada grande e passou a defender posições que não condizia com o que defendemos. Quem mudou foram eles, não nós", destacou.

Caso José Luís Júnior

O deputado estadual Leonardo Gadelha (PSL) comentou ainda sobre o que ele chamou de "pseudo-imbróglio" envolvendo o vice-prefeito de Campina Grande, José Luís Júnior, que requereu recentemente a indicação da legenda ao cargo de secretário de Infraestrutura do Governo da Paraíba.

Leonardo, que deixou na semana passada a pasta, disse que as intenções do vice-prefeito são legendas, mas que vieram fora do tempo, já que em conversas por quase 50 dias o partido já havia indicado o nome de Renato gadelha para a função. Ele promete, contudo, reunir o partido para resolver o caso. "Vamos sentar e rediscutir a questão e a maioria vai decidir. Porque a decisão não é minha, mas do partido", concluiu.