Dilma faz mudanças em quatro ministérios e deve finalizar reforma hoje

Reforma ministerial completa deve incluir nomes do PMDB. Uma das mudanças efetivadas atinge o Ministério da Educação.

O Ministério da Educação divulgou nota, na noite de ontem, em que confirma a saída do ministro Renato Janine do cargo. Ele será substituído por Aloizio Mercadante, então ministro da Casa Civil, que deixou o posto numa tentativa do Palácio do Planalto de melhorar sua relação com a base aliada.

"A presidenta da República, Dilma Rousseff, esteve com o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, nesta quarta-feira, 30, às 15h, no Palácio do Planalto. Ficou confirmada a saída de Janine Ribeiro do cargo. A presidenta reconheceu e agradeceu o trabalho do ministro no MEC", afirma a nota divulgada pelo ministério.

Em seu perfil no Facebook, o ministro informou: "Mandei publicar esta nota no Portal do MEC. O encontro foi absolutamente cordial".

Antes, Dilma informou à cúpula do PMDB que decidiu trocar o ministro Aloizio Mercadante por Jaques Wagner (Defesa). A troca atende a pressões do ex-presidente Lula e do PMDB, que enxergavam no atual ministro da Casa Civil um fator desagregador dentro do Palácio do Planalto, contribuindo para a crise política que atinge a presidente Dilma e seu governo.

Segundo um líder peemedebista, a troca de Mercadante por Wagner busca atender principalmente o PT, que será a legenda que mais perderá ministérios na reforma ministerial programada inicialmente para ser anunciada hoje. Os petistas vão perder o Ministério da Saúde e também duas das três secretarias da área social —Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos—, que serão fundidas no Ministério da Cidadania.

O PMDB, partido que vinha pedindo a saída de Mercadante, por exemplo, vai ampliar sua participação de seis para sete pastas na nova Esplanada dos Ministérios.

Com a ida de Jaques Wagner para Casa Civil, para o seu lugar irá o ministro Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia). A atual pasta do representante do PC do B no governo está foi oferecida ao PSB, para que a legenda volte à base do governo, e para o PMDB.