Durval Ferreira faz ‘vista grossa’ a brigas entre vereadores na CMJP

Parlamentares chegaram a trocar insultos em algumas sessões na Câmara de João Pessoa.

Em vez de um puxão de orelha para que seja mantido o decoro parlamentar durante as sessões, o presidente da Câmara Municipal de João Pessoa, Durval Ferreira (PP), preferiu dar cartão verde aos vereadores, que já estão em pé de guerra devido aos embates eleitorais para o pleito de outubro. A reunião, que havia sido agendada desde o retorno dos trabalhos, na primeira semana de fevereiro, com o propósito de orientar as bancadas de oposição e de sustentação ao prefeito Luciano Cartaxo (PSD) para o período eleitoral, só aconteceu ontem, no gabinete do presidente, com as presenças de apenas 14 parlamentares.

O presidente Durval Ferreira disse que deve cortar o microfone apenas no caso de haver excessos nos discursos, determinação que nunca teria tomado na Casa, ou suspender a sessão para reabri-la em outra oportunidade, se o clima ficar impraticável para continuar a sessão. “Mas eu acredito que isso não será preciso porque os vereadores sabem que os seus eleitores estão assistindo na TV Câmara. Tenho certeza absoluta que os vereadores estão atentos a isso”. Em algumas sessões, os vereadores chegaram a trocar insultos na atual legislatura e o clima tem esquentado à medida que se aproximam as eleições municipais.

A tendência de que haja um esvaziamento do plenário com a proximidade das eleições também não preocupa o presidente da Casa, Durval Ferreira. Sobre as faltas dos vereadores que estarão em campanha para um novo mandato, Ferreira disse que elas serão liberadas desde que justificadas. “Vamos entrar num entendimento porque tem vereador que traz uma justificativa de falta e muitas delas são realmente justificadas, como motivo de doença ou teve que viajar. Se eu deixo de participar da sessão para atender 300, 400 pessoas de um bairro que estão reivindicando melhoria de vida, eu estou resolvendo o problema da população”, comentou.

Apesar da folga, Durval disse que deve fazer de tudo para manter o ritmo da produtividade, independentemente de ser ano eleitoral. “Muitos poderão não chegar a tempo, mas vamos conversar. Tivemos sessões aqui até às vésperas da eleição passada. Sempre havia sessão, sempre haverá o quórum”, garantiu.