Em votação apertada, governistas derrubam exigências dos médicos

Categoria queria a incorporação integral da Gratificação de Desempenho e Produtividade (GFP) à remuneração.

Mesmo com o voto favorável de dois vereadores da bancada de apoio ao prefeito Luciano Cartaxo (PSD), os médicos da capital não conseguiram aprovar ontem a incorporação integral da Gratificação de Desempenho e Produtividade (GFP) à remuneração. A proposta foi apresentada como emenda substitutiva ao projeto original encaminhado pelo prefeito, que garantia a incorporação de 70%.

Para tentar emplacar a incorporação integral, os médicos chegaram a ocupar as galerias da Casa. Com faixas, cartazes e palavras de ordem, pedindo que os parlamentares acatassem a proposta, que permitiria que os médicos concursados do município se aposentassem com o mesmo salário da ativa.

Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos, Tarcísio Campos, apesar dos avanços obtidos em alguns pontos com o projeto original remetido por Cartaxo, os médicos recuaram de aceitar a proposta. “Queremos apenas que a GRF seja incorporada e não haja redutor, que seja 100% dela na aposentadoria. Não é reajuste salarial”, disse.

Com a assinatura de 12 parlamentares, os médicos ainda conseguiram incluir na pauta três emendas substitutivas ao texto original, apresentadas pelo vereador Lucas de Britto, para que a incorporação da GFP fosse integral. A matéria, no entanto, foi derrubada pelo voto de 14 contra e 11 favoráveis, incluindo dos governistas Raíssa Lacerda (PSD) e Luiz Flávio (PSDB). Já o vereador Santino foi o que assinou pela apreciação das emendas, mas voltou atrás na hora da votação. O recuo acabou salvando o presidente da Casa, Durval Ferreira (PP), de ter que dar o voto de minerva em um eventual empate.

O argumento do líder da bancada governista, Marco Antônio (PHS), é que não há condições de arcar com as modificações. “Discutimos com a equipe econômica do governo, e o interesse da prefeitura é que os serviços funcionem como têm que funcionar. Agora, como eu coloquei, existe o ideal e o possível e nem sempre o possível agrada”, justificou.

Antes de iniciada a votação, houve bate-boca entre os integrantes da bancada governista e da oposição que tinham entendimento contrário sobre as propostas apresentadas.