Expansão da economia na PB pode gerar lavagem de dinheiro

Ações de combate à corrupção foram planejadas na 10ª reunião da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro.

Terminou na manhã de ontem na cidade do Conde a 10ª reunião da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla). Os resultados do encontro, que elaborou ações para 2013, foram apresentados em uma entrevista coletiva. Na ocasião, o secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, disse que a expansão da economia paraibana pode propiciar a lavagem de dinheiro e corrupção. Durante o evento também foi assinado um termo de cooperação entre o Ministério da Justiça e o Ministério Público para instalação de um laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro.

Também participaram da entrevista o diretor do departamento de recuperação de ativos do Ministério da Justiça, Ricardo Saad, e o secretário de Prevenção à Corrupção da Controladoria Geral da União, Mário Spinelli.

Para o secretário Paulo Abrão, qualquer atividade econômica de expressividade, em termo de volume de recurso, é suscetível à corrupção e à lavagem de dinheiro. “Genericamente dizendo, o fato de estar havendo uma expansão da economia no estado da Paraíba evidentemente propicia a possibilidade de lavagem de dinheiro e de corrupção”, disse o secretário nacional de Justiça. Segundo ele, o ideal é que seja feito o trabalho preventivo para evitar que as contravenções ocorram e a sociedade também tem que estar atenta para isso.

A Paraíba em 2012 foi cenário de várias operações que desmontaram esquemas de corrupção, ligados principalmente a órgãos públicos, como a ‘Pão e Circo’ e a ‘Almateia’. Apesar disso, a Enccla não tem dados localizados sobre o rombo que essas irregularidades causaram ao erário paraibano.