O presidente do Comitê de Defesa do Porto de Cabedelo, Márcio Albuquerque Madruga, denunciou que a licitação feita pelo governo federal aconteceu de forma subdimensionada. As obras de dragagem do porto de Cabedelo, fundado em 1935, tiveram início em julho de 2010 e a previsão inicial para conclusão era de seis meses. Desde então, já foram feitos aditivos, sendo que o último foi renovado em outubro passado e tem vigência até 29 de março, de acordo com Márcio Albuquerque Madruga.
Segundo ele, foram licitados R$ 40 milhões para a dragagem do porto, e posteriormente houve um aditivo de mais R$ 7 milhões.
Desse valor, R$ 33 milhões já foram pagos, faltando pagar R$ 14 milhões referente ao que já foi licitado. “Esses 160 mil metros cúbicos que acharam, agora, não são novidade para nós, porque o Plano Nacional de Dragagem, do Ministério dos Portos, estimava 225 mil metros cúbicos de material duro. Eles licitaram só 80 mil metros cúbicos”, revelou. Já a estimativa de custo para a dragagem total do porto, em 2009, conforme esse documento do Ministério dos Portos, era de R$ 105 milhões, mas teriam sido licitados só R$ 40 milhões.
Apesar de tudo, a sessão especial foi considerada como um avanço. O diretor presidente da Companhia Docas da Paraíba, Wilbur Holmes Jácome, declarou seu otimismo e agradeceu a união das bancadas em favor de um objetivo comum. “A comunidade portuária, agora, tem apoio da classe política. A luta do governador fica mais forte porque a Assembleia se une em um mesmo objetivo”, comemorou.
Márcio Madruga chamou a iniciativa de “divisor de águas” para o porto. “Pela primeira vez e de uma forma inédita, de forma suprapartidária, a gente pode se unir em prol do desenvolvimento da Paraíba e do nosso único porto”, disse.
Por outro lado, Wilbur Jácome lamentou que o governo federal prefira investir recursos na ordem de US$ 700 milhões de dólares do BNDES em um porto em Cuba, a investir no porto paraibano.
