Grupo pede nova Constituinte para mudar sistema político

Campanha realiza um evento em João Pessoa no próximo dia 9 de agosto.

A campanha nacional ‘Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político Brasileiro’ realiza no próximo dia 9 de agosto, em João Pessoa, o ‘Curso das Mil Pessoas pela Constituinte’. O evento vai acontecer no Ponto de Cem Réis e reunirá colaboradores da campanha de várias regiões do Estado. O objetivo do encontro é sistematizar o processo de votação do plebiscito popular que ocorrerá de 1 a 7 de setembro em todo o país.

O Plebiscito Popular é um movimento realizado por mais de 350 entidades de todo o país – entre elas partidos políticos, movimentos sociais, organizações da sociedade civil e pastorais – que quer mudar o sistema político do Brasil a partir de uma nova Constituinte. O evento no próximo dia 9 é de preparação para a realização de um plebiscito popular que vai perguntar à população: “Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político?”, com as opções “sim” e “não” para marcar.

O resultado da votação – que ocorrerá em várias regiões do Estado através de urnas fixas e móveis – será entregue através de um ato político às autoridades e poderes da República, em Brasília, a fim de pressioná-los a realizarem um plebiscito oficial sobre a necessidade ou não de uma Constituição que substitua a de 1988.

O secretário estadual da campanha na Paraíba, Marcos Freitas, explica que a ideia de renovar a Constituição surgiu a partir de uma percepção de que todas as principais bandeiras dos movimentos sociais esbarram no Congresso Nacional e que para solucionar os problemas fundamentais da sociedade, como educação, saúde, moradia, transporte, terra e trabalho, é preciso não só mudar as pessoas que estão no Congresso, mas as “regras do jogo”, através de um novo Sistema Político Brasileiro.

“O Congresso e seus parlamentares não representa a pluralidade do povo brasileiro. Uma pesquisa revelou que 70% do Congresso é formado por fazendeiros e empresários, enquanto a maioria da população é camponesa e trabalhadora. Apenas 9% são mulheres, enquanto a metade da população é mulher”, defende.

A interferência do poder econômico nas disputas eleitorais está entre as principais problemáticas apontadas pelo movimento no atual sistema político. O secretário estadual do Plebiscito Popular na Paraíba, Marcos Freitas, destaca que os candidatos eleitos têm um gasto de campanha consideravelmente maior que os não eleitos, demonstrando um dos fatores do poder econômico nas eleições. Ele também ressalta que o dinheiro usado nas campanhas tem origem, na sua maior parte, de empresas privadas, que financiam os candidatos.