A vereadora Helena Holanda (PP) assumiu a titularidade do cargo na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), durante a sessão ordinária desta quinta-feira (10), por decisão do juiz Gutemberg Gomes Lacerda, do 2º Juizado Auxiliar da Fazenda Pública. Ela, que ocupava uma cadeira na Casa, como suplente do secretário de Ciência e Tecnologia da capital, Durval Ferreira (PP), assume como titular na vagada deixada pelo por Eduardo Carneiro, eleito para deputado estadual no ano passado.
Com a mudança de cadeira, o segundo suplente da coligação, Evandro Sérgio de Azevedo Araújo (Solidariedade), que recentemente foi condenado a seis anos de prisão e 40 dias multa por suspeita de desvio de recursos públicos, foi convocado para assumir a vaga de Durval Ferreira. Sérgio da SAC e outras três pessoas são acusadas de se apropriar de R$ 53,3 mil repassados pela PBTur para a realização do evento festivo/cultural II Carnaval do Sol.
Ao tomar posse, Helena Holanda lembrou que já está na Casa há três anos e garantiu que vai continuar trabalhando pelas pessoas da cidade. “Hoje estou dando um grande voo, mas foi do chão que saí. Nada vai mudar em mim, continuarei com todo trabalho e força, lutando pelo direito das pessoas. Todos aqui fazemos o melhor para João Pessoa, é nossa obrigação. Aqui é uma passagem, devemos aproveitar esse momento para servir ao outro”, afirmou.
Imbróglio na Justiça
Até assumir a titularidade da vaga de Eduardo Carneiro, Helena Holanda viveu um embate jurídico envolvendo outros dois suplentes. A vaga na Câmara de João Pessoa estava em aberto desde fevereiro, quando o magistrado proibiu a posse de Carlão do Cristo (Pros). Ele chegou a ser empossado pelo presidente da Casa, João Corujinha (DC), mas a posse foi tornada sem efeito.
O primeiro a judicializar a questão foi o também suplente Marcílio Pedro (PRB). A segunda a recorrer foi Helena Holanda (PP), que conquistou 3.327 votos. Houve ainda quem pedisse administrativamente para ocupar o cargo. Trata-se de Cristiano Almeida (Pros), que teve menos votos ainda que Carlão do Cristo, da mesma coligação. Cristiano recebeu 1.132 votos.
O desfecho foi tomado apenas nesta terça-feira (8), pelo juiz Gutemberg Cardoso ao entender que, mesmo sendo o suplente diplomado da coligação, ele não atingiu a cláusula de barreira, a quantidade mínima de votos para assumir o cargo.
