Jericó também tem recesso semestral

Três semanas após a Câmara Municipal de Jericó, no Sertão, aprovar um recesso parlamentar de seis meses, a população ainda está revoltada.

Três semanas após a Câmara Municipal de Jericó, no Sertão, aprovar um recesso parlamentar de seis meses, a população ainda está revoltada. O corretor de imóveis Francisco Silva diz que é um absurdo o trabalhador labutar 11 meses por ano, enquanto os vereadores só vão trabalhar um dia por semana e durante um semestre.

No mesmo tom, a professora Joelma Campos protesta contra um recesso parlamentar tão longo, o que vai prejudicar, inclusive, a fiscalização da prefeitura e apresentações de projetos de interesse do povo. Já o aposentado Genival Ferreira espera que a população, nas próximas eleições, não vote nos atuais parlamentares.

Dos nove vereadores, sete aprovaram o projeto. O autor das férias de seis meses é Adaíres Campos (PDT). Ele disse que o Congresso Nacional e a Assembleia Legislativa têm direito ao recesso parlamentar, assim como as Câmaras Municipais. Quanto ao período das “férias” em plenário, a legislação permite definir o tempo do recesso.

Por sua vez, o vereador Joilton Alves (PPS), que não participou da votação, apresentou um pedido de reconsideração, mas os parlamentares até agora não acataram. Ele também ameaça entrar com uma ação no Ministério Público contra o recesso de seis meses.

RESOLUÇÃO
De acordo com a resolução aprovada pelo Legislativo da cidade sertaneja, o artigo 101 do Regimento Interno passa a vigorar com seguinte redação: “A Câmara Municipal de Jericó reunir-se-á, ordinariamente duas vezes por ano; sendo o primeiro período de 1º de março a 31 de maio e o segundo de 1º de setembro a 30 de novembro, uma vez por semana, às sextas-feiras, às dezessete horas”.