O juiz da 71ª Zona Eleitoral, Giovanni Magalhães Porto, indeferiu ontem o registro da chapa majoritária da coligação ‘Pra Campina Crescer em Paz’, formada pela candidata a prefeita Daniella Ribeiro (PP) e o vice Peron Japiassú (PT). Na sentença, o magistrado diz que “poderá a coligação, por conta e risco, recorrer da decisão ou, desde logo, indicar substituto ao candidato que não foi considerado apto”. Na prática, o novo companheiro de chapa terá que ser filiado ao PP ou demais partidos da coligação: PRTB, PPS e PSDC
Embora considere Daniella apta a disputar o pleito municipal, o magistrado asseverou, na decisão, que o candidato a vice é filiado ao PT, partido que não compõe a coligação e tem postulante a prefeito, no caso Alexandre Almeida.
“Indeferido o registro de candidatura do vice-prefeito, resta comprometido o registro da candidata ao cargo de prefeito, em prejuízo total do deferimento da chapa, por força do que dispõe o art. 50, da resolução nº 23.373/2012, que não admite deferimento condicional”, enfatiza o juiz Giovanni Magalhães, na decisão.
Na última quarta-feira, o magistrado já tinha decidido excluir o PT da coligação ‘Pra Campina Crescer em Paz’. Para “barrar” a aliança do PP com o PT, o magistrado se baseou nas decisões da Justiça Comum, que anulou os atos dos diretórios estadual e nacional do PT que tinham afastado Alexandre do partido e formalizado a chapa Daniella-Peron. Ao mesmo tempo, considerou legal a convenção que homologou Almeida e a vice Flávia Maria Barbosa (PT).
COLETIVA À IMPRENSA
Após a decisão do magistrado indeferindo o registro da chapa de Daniella Ribeiro e Peron Japiassú, o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, se reuniu na noite de ontem, no Hotel Village, em Campina Grande, com Daniella, Peron, Rodrigo Soares e o ex-deputado Enivaldo Ribeiro, e disse que o PT vai até as últimas consequências para garantir a aliança com o PP na cidade, pois foi uma decisão da militância e todas as instâncias do partido. Ele acredita que o apoio petista a Daniella não vai abalar as relações do governo federal com o PMDB, do prefeito Veneziano Vital do Rêgo e do senador Vital.
