Levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que 73,2% das 950 obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para melhoria dos serviços de saúde na Paraíba ainda não foram concluídas. O estudo levou em consideração apenas as ações sob a responsabilidade do Ministério da Saúde (MS) ou da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) com base no 11º balanço do programa divulgado pelo governo federal.
Dos 950 empreendimentos constantes no balanço, apenas 254 foram concluídos até outubro do ano passado, o que representa apenas 26,7% do total. De acordo com o balanço emitido pelo governo federal em janeiro deste ano, 95 obras ainda não saíram do papel. Para o CFM, o baixo desempenho é reflexo do subfinanciamento crônico da saúde e da má gestão administrativa no setor. As obras com recursos federais são executadas pelo Estado e municípios paraibanos.
Em Bayeux, a construção de uma UPA se estende desde 2011, quando o projeto foi inserido no PAC 2, com um investimento de R$1,4 milhão. No mês de março do ano passado o prefeito Expedito Pereira (PSB) assinou ordem de serviço para que as obras fossem iniciadas. Em virtude de problemas com a empresa que venceu o processo licitatório, as obras foram interrompidas em 2014 e retomadas somente em fevereiro deste ano.
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Bayeux informou que não há previsão para entrega do equipamento. O presidente da Federação das Associações dos Municípios da Paraíba (Famup), Tota Guedes, revelou que os prefeitos paraibanos frenquentemente relatam atrasos no repasse de recursos por parte do governo federal.
