Margarida Cantarelli recebe homenagens

Desembargadora Margarida Cantarelli foi homenageada pelos serviços prestados e recebeu títiulo de cidadã pessoense.

Recém-aposentada de suas atividades no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, a desembargadora Margarida Cantarelli foi alvo de homenagens ontem em João Pessoa. A solenidade, realizada no Fórum da Justiça Federal, contou com a participação de diversas autoridades, dentre elas o ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que trabalha para que outra mulher ocupe a vaga deixada pela magistrada no TRF.

A diretora do Foro, juíza Helena Fialho, disse que a homenagem é uma retribuição aos serviços prestados à Paraíba pela desembargadora Margarida Cantarelli. Ela destacou que durante a sua gestão na presidência do TRF, a magistrada expandiu a Justiça Federal, ao instalar varas em 11 municípios dos Estados que compõem a 5ª Região.

“A desembargadora Margarida é uma figura muito querida na 5ª Região. Ela tem um trabalho extraordinário, tanto a nível judicial, com acórdãos seguros e firmes, como também na vida acadêmica e esse é um tributo merecido”.

Além da homenagem da Justiça Federal, a desembargadora Margarida Cantarelli foi agraciada com o título de Cidadã Pessoense, uma propositura do vereador Lucas de Brito Pereira. Ela também recebeu do governo da Paraíba a Medalha do Mérito Governador Antonio Mariz, que foi entregue pelo procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro, representando o governador Ricardo Coutinho.

Emocionada com as homenagens, a desembargadora Margarida Cantarelli disse que era uma recompensa muito grande para alguém que está saindo de cena. Única mulher a compor o TRF, ela disse que a mulher deve ocupar todos os espaços na vida pública. “Eu sou uma estimuladora das mulheres para que enfrentem os desafios e as eventuais incompreensões e lutem por um espaço. Não é para afastar ninguém, mas cada um fazer a sua tarefa. O mundo cabe todos os competentes”, observou.

Falando da sua carreira no Judiciário, ela disse que no começo chegou a enfrentar preconceitos pelo fato de ser mulher.

“Eu nunca fui juíza estadual em Pernambuco porque na época dos concursos não se admitia mulher como juíza. Eu fiz então concurso para o Ministério Público. Por isso sou estimuladora de todas as mulheres que queiram atingir posições, quer na vida política, administrativa, quer na magistratura”.

Ela ingressou no TRF no dia 9 de dezembro de 1999, exercendo a presidência da Primeira Turma, entre 2001 e 2002; a direção da Revista do TRF5 (2001 a 2003); a presidência da Corte (2003/2005), e a direção da Escola de Magistratura Federal da 5ª Região, no período 2005 a 2009. Foi também presidente da Comissão do V Concurso Público para Juiz Federal Substituto (2007), e membro do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (2007/2009), representando a Justiça Federal na 5ª Região.