Membro da comissão especial, Manoel Júnior evita falar sobre impeachment

Processo foi parado por decisão monocrática do ministro Edson Fachin, que suspendeu a formação e a instalação da comissão especial da Câmara.

Único parlamentar da Paraíba a compor a comissão especial que analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma, o deputado federal Manoel Junior (PMDB) não quis fazer nenhum prognóstico acerca do que poderá ocorrer durante o julgamento do processo. “A gente não pode antecipar aquilo que nem começou ainda”, afirmou, ao lembrar que o processo está parado até que o plenário do Supremo Tribunal Federal delibere sobre o rito a ser seguido pela Câmara Federal.

O processo foi parado por decisão monocrática do ministro Edson Fachin, que na última terça-feira suspendeu a formação e a instalação da comissão especial da Câmara. A decisão dele será levada para análise do Plenário do STF no próximo dia 16. “Esse prazo solicitado pelo Supremo para analisar, não de forma monocrática, mas de forma colegiada, é de extrema prudência. Não é uma coisa que possa ser definida por uma pessoa só”, destacou Manoel Junior.

Ele disse que a mesa da Câmara agiu corretamente em relação à formação da comissão especial. “Não houve absolutamente nenhum tipo de atropelamento regimental, nem muito menos legal, do processo de escolha dos membros dessa comissão”. Já sobre o processo contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, no Conselho de Ética, o parlamentar paraibano disse acreditar na sua inocência. “O Conselho de Ética não é um tribunal de inquisição. Ele é um tribunal de responsabilização política”, afirmou.

Na bancada federal da Paraíba o clima é de expectativa em relação ao processo de  impeachment. O deputado Marcondes Gadelha (PSC), que está na Casa em substituição ao deputado Pedro Cunha Lima (PSDB), disse que votará pelo afastamento da presidente Dilma. “É fora de propósito chamar o  impeachment de golpe”. Para ele, a saída para o Brasil seria a implantação do sistema parlamentarista. Já o deputado Rômulo Gouveia (PSD) aguarda que o seu partido defina a posição que irá tomar no processo de impeachment. Ele disse que o momento agora é de prudência. “Não é momento ainda de posição", assegura o deputado paraibano.