Nilo manda juízes ouvirem Ricardo Coutinho, Rosas e Guilherme

Desembargador do TRE manda que juízes eleitorais façam oitivas do presidente e do vice-presidente do PSB e do deputado estadual que quer sair da legenda.

Phelipe Caldas

O desembargador Nilo Ramalho, relator do processo em que o deputado estadual Guilherme Almeida pede ao Tribunal Regional Eleitoral para deixar o PSB sem incorrer em infidelidade partidária, emitiu “ofício com carta de ordem” nesta terça-feira (5) para que juízes eleitorais façam as oitivas das testemunhas do caso. São eles o presidente e o vice-presidente estadual do PSB (respectivamente o prefeito Ricardo Coutinho e Edvaldo Rosas) e o próprio deputado estadual Guilherme Almeida.

Em entrevista ao portal Paraíba1, Nilo Ramalho disse que o objetivo é escutar as duas partes no processo e assim tentar descobrir quem tem razão em toda esta pendenga. Ricardo Coutinho e Edvaldo Rosas serão ouvidos a pedido de Guilherme Almeida, enquanto que o parlamentar será ouvido a pedido do PSB.

Ainda de acordo com o desembargador, cada uma das três testemunhas serão ouvidas em seus próprios domicílios, e por isto as oitivas serão feitas pelo juiz Aluízio Bezerra Filho (da 64ª zona eleitoral) e pelo juiz Paulo Sandro Gomes de Lacerda (da 72ª zona eleitoral). O primeiro escutará Ricardo e Rosas, que moram em João Pessoa, e o segundo ouvirá Guilherme Almeida, que tem residência em Campina Grande.

Cada juiz terá um prazo de 20 dias para realizar a ordem judicial, mas Nilo explica que recomendou “urgência na questão”, de forma que ele não acredita que será necessário todo este tempo.

Entenda a questão

O deputado trava uma briga com os líderes partidários de sua legenda desde que foi convidado para compor o secretariado do governador José Maranhão (PMDB). Ele aceitou o convite, mas o PSB barrou a indicação alegando que existia uma resolução partidária que impedia os deputados estaduais de participarem do Governo Maranhão. Fato que Guilherme nega.

Na confusão, cada parte apresentou uma ata de reunião diferente para basear suas respectivas defesas, o que provocou a suspeita de que um dos documentos era falsificado. Foi quando Guilherme Almeida anunciou sua intenção de deixar a legenda e o PSB ameaçou entrar com um processo para requerer seu mandato.

A nomeação de Almeida à secretaria de Interiorização do Governo Maranhão acabou não saindo e o caso foi parar na justiça eleitoral.