Novo ministro revela que não conhece setor pesqueiro do país

Crivella disse que vai "aprender com técnicos" da pasta por não ser bom pescador e possuir formação de engenheiro civil.

O novo ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB-RJ), admitiu ontem que não tem conhecimentos sobre o setor pesqueiro do país. Crivella disse que vai "aprender com técnicos" da pasta por não ser bom pescador e possuir formação de engenheiro civil –área sem qualquer relação com o ministério que assumirá hoje.

"Eu não ponho uma minhoca no anzol, mas não estou indo para o ministério para pescar, mas para trabalhar. Eu sei que lá tem muitos técnicos bons, bons pescadores, vou aprender com eles", disse.

Crivella discutiu o futuro do setor pesqueiro no governo Lula, na época em que Mangabeira Unger (PRB) ocupou a Secretaria de Assuntos Estratégicos da gestão petista e traçou metas para o ano de 2022 no Brasil. Mas disse não ter informações recentes sobre o setor. "A nossa visão sobre a pesca para 2022 eu tenho, agora o dia a dia do ministério eu vou pegar quando chegar lá. Eu tenho muita coisa para aprender."

Bispo licenciado da Igreja Universal, Crivella disse que vai ser o interlocutor dos evangélicos junto à presidente Dilma Rousseff –função já exercida por ele durante a campanha presidencial.

Crivella afirmou, porém, que sua indicação para a pasta não assegura o apoio dos evangélicos à presidente caso ela não preserve os "valores" da família brasileira."Para os evangélicos, a questão do aborto, do casamento, da família, é muito importante. Ela pode colocar todo o ministério evangélico que, se ela aprovar leis que são contra a família e contra a vida, vai perder o apoio dos evangélicos".