Partidos formam coligações ‘Frankensteins’ para Eleições 2018

Para garantir uma vaga na proporcional, partidos escanteiam presidenciáveis.

Partidos formam coligações 'Frankensteins' para Eleições 2018
PRTB, DC e PSL realizaram convenção formando aliança para disputa à Câmara Federal. Foto: Angélica Nunes

Uma convenção realizada na Câmara Municipal de João Pessoa, na manhã desta segunda-feira (30), formalizou a aliança do PRTB, PSL e DC para a disputa à Câmara Federal. Junto ao SD, as três legendas deverão ampliar a composição, no próximo sábado (4), mas apenas com foco na Assembleia Legislativa na Paraíba. Os quatro juntos têm em comum o apoio ao nome de Lucélio Cartaxo (PV) como candidato ao governo do estado, mas não há unanimidade quanto ao nome do grupo para a disputa à presidência da República.

Da aliança formada nesta segunda-feira, o PSL apoia o deputado federal Jair Bolsonaro para presidente, o PRTB terá o nome de Levy Fidelix e o DC, de João Corujinha, vai defender o presidenciável José Maria Eymael. Além deles, o SD, conduzido na Paraíba pelo deputado Bruno Cunha Lima, deve apoiar o ex-governador Geraldo Alckimn (PSDB) para a presidência da República.

O presidente estadual do PSDC, vereador João Corujinha, disse que cada partido terá o seu candidato à presidente e que a união com outras legendas é apenas para apoiamento à candidatura de Lucélio Cartaxo ao governo. Apesar de possíveis conflitos ideológicos partidários, Corujinha argumentou que cada partido tem seu candidato a presidente mas que estão juntos em prol de Lucélio Cartaxo. “Por sermos partidos de direita, partidos que querem mudança no Brasil, que quer o novo, o diálogo. Esta eleição vai ser diferente”, justificou.

Do mesmo entendimento comunga o novo presidente estadual do PSL, coronel Francisco. Ele afirmou que não vê dificuldades na composição com legendas que apoiam outros candidatos, embora vá de encontro ao foco principal do partido, que é eleger Bolsonaro presidente. Convidado para assumir o comando do partido, com a saída de Julian Lemos, que está na coordenação da campanha de Bolsonaro no Nordeste, coronel Francisco disse que este é o caminho e é a hora e não dá para deixar passar. “O processo de aglutinar todas essas forças que as vezes tem uma tendência diferente, é bom deixar claro que temos uma direção principal que é o país”, enfatizou.

Mais composições exóticas

Do grupo ligado ao governador Ricardo Coutinho (PSB), que deve lançar o ex-secretário de recursos hídricos e infraestrutura, João Azevêdo (PSB), para a disputa ao governo do estado, também devem sair composições destoantes do cenário nacional.

O DEM, que no contexto da disputa presidencial aderiu ao chamado ‘Centrão’ e apoia a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), deve fechar aliança na majoritária com o PSB da Paraíba e na proporcional com o PPS, PMN e a Rede. Além do DEM, desta composição, também destoa do cenário nacional a Rede, que deve lançar Marina Silva para presidência da República.

O PMN é o mais confortável. O partido é o único que optou por não ter candidatura própria à Presidência da República e já decidiu também não apoiar nenhum dos nomes postos à disputa.

Fora da aliança, o PTB do deputado Wilson Filho também vai fazer um ‘Frankenstein’ de alianças em relação à disputa presidencial e a esfera local. O partido pretende manter aliança com o governador Ricardo Coutinho para as eleições deste ano, mas também deve apoiar Alckmin para a disputa presidencial.