O músico paraibano Pinto do Acordeon foi homenageado nesta terça-feira (1º) pelo Governo Federal, em solenidade realizada no Palácio do Planalto, em Brasília-DF. O presidente Jair Bolsonaro esteve no evento e chorou ao ver um vídeo com imagens da sua campanha em 2018, acompanhadas da música feita por Pinto do Acordeon para o então candidato.
O artista, que morreu em julho deste ano, foi representado pela esposa Madalena Alves e os filhos Cicinho, Moisés e Pinto Júnior, que interpretaram canções imortalizadas na voz (e na sanfona) do pai. O presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Gilson Machado Neto, tocou sanfona e cantou algumas músicas na homenagem. Também estiveram presentes a primeira dama, Michelle Bolsonaro e o secretário de Cultura do Governo Federal, Mário Frias.
“Eu conversava com os meninos [filhos de Pinto] e com a senhora Madalena, antes desta homenagem. Falando sobre Pinto, lembrei muito do meu pai Percy Bolsonaro e assim como eles, quero ser lembrado pela minha família, ter deixado uma história onde lá na frente possam ver que valeu a pena”, disse Bolsonaro, em seu discurso, que foi encerrado sob lágrimas.
Além de cantor e compositor, Francisco Ferreira de Lima, conhecido como Pinto do Acordeon, foi vereador de João Pessoa entre os anos de 1993 e 1996. Natural de Conceição, foi na música que o paraibano teve reconhecimento nacional trabalhando ao lado de Luiz Gonzaga e compondo canções para Elba Ramalho, Genival Lacerda, Dominguinhos, Fagner, Os 3 do Nordeste e Trio Nordestino.
Em 2008, foi para o Festival de Montreux, Suíça, no qual se apresentou junto com outros artistas brasileiros, entre os quais Gilberto Gil, Elba Ramalho, Milton Nascimento, Chico César, Flávio José, Aleijadinho de Pombal, e Trio Tamanduá.
No ano passado, as obras de Pinto do Acordeon se tornam Patrimônio Cultural e Imaterial da Paraíba. No mesmo ano, ele recebeu o título de ‘Mestre das Artes Canhoto da Paraíba’ e teve seu nome registrado no ‘Livro Mestres das Artes’, honraria estadual que leva o nome do músico Francisco Soares de Araújo, o Canhoto da Paraíba, em reconhecimento aos artistas que contribuem por mais de 20 anos com as atividades culturais do Estado.
