Três dos quatro nomes apresentados pelo PT como opções de vice do senador Veneziano Vital (MDB) declinaram da indicação. O movimento, claramente, foi articulado e teve o aval da cúpula petista. A legenda optou por não ser um empecilho para a formação da chapa do emedebista.
O presidente do PT no Estado, Jackson Macêdo, negou qualquer estremecimento, mas não escondeu a insatisfação com nomes do MDB, como o presidente do partido em João Pessoa, Mikika Leitão.
“Zero estremecimento. A posição do PT agora é não mais interferir nesse processo”, ressaltou Jackson.
De forma objetiva, os petistas reconheceram que a relação apresentada não satisfazia aos planos de Veneziano. Apesar de históricos e importantes para o partido, os nomes não tinham a densidade eleitoral necessária para impulsionar a chapa majoritária.
Agora o caminho está aberto. Nos bastidores, nomes ligados à família Cartaxo voltam a ser lembrados como alternativas para vice de Vital. A esposa do ex-prefeito Luciano Cartaxo é, sem dúvidas, o mais cobiçado pelos emedebistas.
No fim das contas, a retirada do PT do percurso é um problema a menos para Veneziano. A possibilidade de um nome com melhores perspectivas eleitorais fortalece o projeto dos dois partidos.
Quando foi anunciada a lista, com a exclusão dos Cartaxos, disse aqui que o PT errava ao subtrair, em vez de somar. Agora o partido reconhece que, para a aliança, foi melhor colocar o pé no freio.
