Potencial candidata à prefeitura de Campina Grande no próximo ano, a senadora Daniella Ribeiro (PSD) usou as redes sociais para criticar a decisão da prefeitura de Campina Grande – em não conceder ponto facultativo nas repartições municipais nos dias de jogos da seleção brasileira feminina.
Daniella questionou a falta de isonomia no tratamento dado para as partidas, lembrando que nos dias de jogos da seleção masculina o município alterou o expediente dos servidores.
“Se a medida foi, portanto, nobre e sensata, questiono: os serviços, então, podem parar quando o jogo é dos homens? É por isso que lutamos sempre por igualdade. Para que não se use sempre, em iguais circunstâncias, uma justificativa diferente para cada gênero”, escreveu Ribeiro no Twitter.
A gestão chegou a anunciar, nos bastidores, que publicaria um decreto estabelecendo ponto facultativo nos dias dos jogos, mas voltou atrás horas depois.
Em nota, a Coordenadoria de Comunicação informou que a não concessão ocorreria “em virtude da prioridade dada aos atendimentos na área da saúde previstos para essa data nos hospitais e postos do município”, assim como a realização da licitação para obras do Açude Novo – marcada para ontem.
Análise
No mérito não há como deixar de concordar com a senadora Daniella Ribeiro. É uma ‘bola fora’ da gestão municipal não seguir os Governos Federal e do Estado nos pontos facultativos disciplinados nos dias de jogos da seleção feminina. A alteração do expediente é uma demonstração de valorização do futebol feminino, que precisa, assim como o masculino, ser impulsionado.
Ao não conceder o prefeito Bruno Cunha Lima (PSD) acaba deixando o espaço aberto para críticas dos opositores. Daniella, que tem o interesse de polarizar o debate, aproveitou a ‘derrapagem’.
