Delegada e escrivão são presos em operação do MPPB suspeitos de extorquir funcionário público federal

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Delegacia de Polícia Civil de Alagoa Grande e nas casas dos investigados.

Delegada e escrivão são presos em operação do MPPB suspeitos de extorquir funcionário público federal
Foto: Ascom

A delegada Maria Solidade de Sousa e o escrivão Alexadre de Souza, ambos da Polícia Civil da Paraíba, foram presos em flagrante nesta quinta-feira (22). Eles são suspeitos do crime de concussão, que é a exigência de vantagem indevida, feita por um servidor público. Ao todo, foram cumpridos dois mandados de prisão e três de busca e apreensão.
A Polícia Civil da Paraíba, por meio de sua assessoria de comunicação, informou que está avaliando o caso. Já a defesa da delegada, disse que ela é inocente e que vai pedir que a prisão dela seja revogada.
A prisão aconteceu por meio de mandados de prisão, durante da operação “Cara de Pau” deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) e o Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (Ncap). Ambos os órgãos são do Ministério Público da Paraíba.
De acordo com informações do promotor Guilherme Lemos, que coordena o Ncap, um servidor público federal denunciou que estava sendo extorquido pelos dois investigados.
A delegada e o escrivão estariam exigindo dinheiro para beneficiá-lo em um procedimento policial que apurava uma ação cometida por ele. Por isso, ele pagou uma quantia à delegado e ao escrivão. Depois, com autorização judicial, o Ncap e o Gaeco monitoraram o segundo pagamento, prendendo os acusados em flagrante.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo um na Delegacia de Polícia Civil de Alagoa Grande e dois nas residências dos acusados, em João Pessoa. Os dois investigados foram presos e conduzidos para a Central de Polícia em Guarabira, onde aguardarão a audiência de custódia.
O nome da operação “Cara de Pau” foi em alusão ao atrevimento dos dois acusados de cometerem um ato de concussão dentro de uma delegacia, achando que não responderiam pela conduta.
A mesma delegada havia sido afastada do cargo pelo Justiça em 2016. Na época ela foi investigada por desvio de valores provenientes de pagamentos de fiança.
Por Iara Alves