A discussão pública entre os senadores Veneziano Vital (MDB) e Daniella Ribeiro (PSD) tem ocupado essa semana boa parte do noticiário político da Paraíba. E os resultados se resumem a ‘farpas’, indiretas e narrativas construídas de lado a lado. Nada mais que isso.
O imbróglio foi iniciado por Daniella, ao fazer menções indiretas sobre a publicidade que o emedebista tem feito em torno da duplicação da BR 230. Depois acabou sendo impulsionado por uma frase infeliz de Veneziano, sobre os corredores de Brasília. E, por fim, chegou ao seu ápice durante o lançamento do PAC ontem, quando Daniella ocupou a tribuna para reclamar do que classificou como “jogo baixo”.
A confusão, claro, tem como pano de fundo as disputas políticas de Campina Grande e, também, o cenário a ser construído em 2026 – quando os dois poderão disputar a reeleição.
Considerados estes pontos, é necessário dizer: esse tipo de embate é infrutífero para a Paraíba. O Estado precisa debater, de forma contínua, a produtividade e os resultados daqueles que foram eleitos para representá-lo. E os dois agentes públicos, também, precisam dar esse exemplo.
Aliás, sobre isso tanto Veneziano como Daniella têm argumentos que poderiam ser colocados na mesa. Os dois ocupam lugares privilegiados em Brasília. Uma vice-presidência do Senado e a presidência da Comissão mais importante da Casa, a do Orçamento.
Não devem, portanto, travar uma ‘rinha’ pautada em questões que não sejam a priorização de investimentos e do desenvolvimento do Estado.
Há um lema bastante conhecido de que os Governos precisam ser “mais Brasil e menos Brasília”. Nesse caso da Daniella e Veneziano, os dois precisam ser menos ‘guerrilha’. E mais, claro, Paraíba.
