João candidato ao Senado, quem terá coragem de disputar segunda vaga na base em 2026?

Governador João Azevêdo revelou disposição para deixar Governo e ir para disputa

Foto: reprodução/TV Cabo Branco

O governador João Azevêdo (PSB) revelou ontem a disposição de disputar o Senado em 2026. Algo até natural e já especulado, mas pela primeira vez dito por ele publicamente. Ao ser questionado pelo jornalista Luís Torres, João admitiu que parte do princípio que será candidato, deixando a cadeira de governador em abril de 2026 para Lucas Ribeiro (Progressistas).

“Vou colocar meu nome à disposição do partido”, avisou.

A frase objetiva tem uma finalidade: demarcar terreno diante de uma disputa que, mesmo ainda distante, já comporta o surgimento de muitos potenciais interessados.

Além disso, a antecipação dessa disposição faz o ‘mundo político’ paraibano passar a pensar na segunda vaga para o Senado dentro da base governista.

É que embora atraente, aquele que decidir tentá-la precisará encarar pela frente um paradigma a ser ultrapassado. Historicamente a Paraíba costuma eleger, em eleições para o Senado com duas vagas – como serão as próximas – um candidato da base e outro oposicionista.

Foi assim em 2018, com Veneziano (na época base) e Daniella Ribeiro (na época oposição); em 2010, com Vitalzinho e Cássio Cunha Lima; e em 2002, com José Maranhão e Efraim Morais.

Claro que na política não há regras matemáticas. Cada eleição tem uma história própria e, nesse caso, a avaliação do próprio João Azevêdo em 2026 terá um peso significativo para facilitar, ou dificultar, uma eventual eleição dos dois nomes na mesma chapa.

Fato é que a tese de João deixa o cenário mais claro para os aliados. Quem estiver interessado, comece a trabalhar de agora…