O juiz Adilson Fabrício Gomes Filho, da 1ª Vara Criminal de João Pessoa, mandou notificar a defesa do ex-chefe de Governo da Paraíba, Edvaldo Rosas, para prestar esclarecimentos sobre uma possível participação dele na campanha de reeleição do governador João Azevêdo (PSB).
Rosas foi preso na 9ª fase da Operação Calvário e vinha cumprindo medidas cautelares desde março de 2021, atendendo a um pedido feito pelo Ministério Público por conta da pandemia.
No despacho, o magistrado explica que uma das medidas cautelares impostas é a de não manter contato com outros investigados na Operação Calvário e que seria de “ciência comum que o atual governador foi citado em delações e se encontra na condição de investigado em feito que tramita no juízo do foro por prerrogativa – STJ”.
O juiz dá um prazo de cinco dias para a apresentação de esclarecimentos, sob pena de “descumprimento das medidas cautelares” e “conversão da medida em prisão preventiva”.
Ao Blog, o advogado Gustavo Botto, que representa Edvaldo Rosas, disse que ele não tem participado de nenhuma campanha eleitoral este ano.
“A defesa de Edvaldo Rosas nega participação ativa do mesmo na campanha de João Azevedo e como qualquer outra campanha. Desta forma a defesa estará protocolando petição esclarecendo estes fatos ao judiciário ainda amanhã pela manhã”, ressaltou.
Já a campanha do candidato à reeleição, João Azevêdo, também negou qualquer participação de Rosas nas atividades de campanha.
“A campanha está surpresa com essas informações, porque não tinha conhecimento do fato. O senhor Edvaldo Rosas nunca exerceu, nem exerce nenhuma atividade ou função na campanha”, assinalou ao Blog o advogado Marcelo Weick, que integra o jurídico da campanha de João Azevêdo.
Analisando o que aconteceu com o ex-deputado Roberto Jefferson, que descumpriu medidas cautelares, é bom a defesa de Rosas apressar o passo…
