O governador João Azevêdo (PSB) foi submetido ontem a uma angioplastia no Hospital Metropolitano, em João Pessoa. A unidade de saúde, pública, é referência no Estado nesse tipo de intervenção. Felizmente o procedimento ocorreu sem maiores complicações e hoje Azevêdo teve alta médica.
Mas o fato, em si, revela uma pedagogia diferente daquilo que o paraibano está acostumado a assistir.
Ao optar por fazer a angioplastia em um hospital público, o governador dá exemplo. Adota uma postura digna de elogios. E digo isso porque, via de regra, no Brasil, os serviços públicos de saúde e educação funcionam somente para as camadas sociais menos abastadas.
Quem consegue pagar escolhe ambientes privados, diante das dificuldades operacionais e das demandas registradas nas unidades públicas.
João quebrou a lógica.
O próprio Hospital Metropolitano, aliás, tem quebrado paradigmas todos os dias. O programa desenvolvido no Estado, que realiza cirurgias e procedimentos na área de cardiologia, tem salvado a vida de milhares de paraibanos. Uma realidade distante em anos passados.
No caso do governador, conforme os médicos, não havia maiores riscos. Mas ainda assim a disposição de despir-se do cargo e se colocar no mesmo patamar que os demais paraibanos é um gesto ‘fora da curva’ da prática adotada pela classe política da Paraíba.
Ocupando o principal cargo público do Estado, João fez diferente ao escolher o Metropolitano. É fato.
