Pedro puxa debate sobre coerência, maaas… sobre o tema é melhor ‘guardar a espada’

“Eu não tenho cara de aderir ao governador João Azevêdo”, disse Pedro

Foto: reprodução/Guia eleitoral

Vi ontem uma entrevista do ex-deputado federal e presidente do PSDB paraibano, Pedro Cunha Lima, em que ele fala sobre coerência política. Ao ser questionado sobre a possibilidade do deputado Tovar Correia Lima (PSDB) aderir à base do governador João Azevêdo (PSB), o tucano disse que não acredita no movimento.

Para justificar a tese, deixou a entender (mesmo que de forma subliminar) que a adesão seria incoerente.

“Eu não tenho cara de aderir ao governador João Azevêdo”, afirmou.

A discussão sobre coerência política, porém, não é conveniente para o grupo de Pedro nesse momento. Considerando o cenário político de Campina Grande hoje e os desenhos que começam a ser feitos para 2024, aliás, o debate não é propício para ninguém.

Senão, o que dizer da aliança firmada entre o grupo Cunha Lima e o senador Veneziano Vital (MDB)? Há coerência política nisso?

Em 2020, só lembrando, os dois grupos eram adversários ferrenhos…

Isso para não citar, também, o palanque duplo de Pedro ano passado, quando disputou o Governo do Estado.

O tucano apoiou no primeiro turno a senadora Simone Tebet (MDB), mas também esteve no palanque do presidenciável Ciro Gomes (PDT). Do ponto de vista ideológico, Simone e Ciro são água e óleo.

O presidente estadual do PSDB tem todo o direito de ser contrário a uma possível adesão de Tovar e outros agentes políticos do grupo à base de Azevêdo. Mas alegar coerência não é uma boa estratégia.

Seguindo a passagem bíblica, sobre esse tema (coerência) é recomendável a Pedro ‘guardar a espada’.