Pedro sai fortalecido de 2022, mas ainda é cedo para dizer quem liderará oposições na Paraíba

Desafio da oposição é continuar articulada, com olhos para as eleições de 2024 e, depois, para 2026

Foto: divulgação/PSDB

Apesar do insucesso eleitoral, as oposições paraibanas deixaram as urnas mais fortes este ano. O grupo obteve 47,4% dos votos no segundo turno com o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB), pouco menos de 117 mil votos a menos que o governador reeleito, João Azevêdo (PSB) – 52,51%.

O resultado é bem mais significativo que em 2018, quando os opositores não chegaram sequer ao segundo turno. O candidato mais bem posicionado, Lucélio Cartaxo, recebeu à época 450 mil votos.

A partir de agora o desafio do agrupamento é continuar articulado, com olhos para as eleições de 2024 e, depois, para 2026.

Pedro saiu fortalecido do pleito. Teve o nome ‘estadualizado’ durante a campanha e registrou um bom desempenho como candidato.

Mas isso não é suficiente para dizer que ele será o próximo timoneiro dos oposicionistas pelos próximos anos na Paraíba.

Sem mandato, as possibilidades ficam mais difíceis. Fato é que Pedro incorporou um sentimento. Representou uma fatia importante do eleitorado do Estado. Dizer mais do que isso é temerário.

Os resultados que virão das eleições municipais de 2024, por exemplo, terão um impacto importante para futuras disputas estaduais. A eleição do ex-presidente Lula (PT) para o Planalto, sacramentada domingo, também.

Com 34 anos, Pedro deixará 2022 na vitrine política do Estado. Saber se terá disposição e força para liderar, é outra história.