PMDB tenta ‘destravar’ impasse com PT na PB

Indefinição sobre coligação proporcional pode ‘implodir’ aliança entre os partidos.

O PMDB tenta destravar o impasse com o PT na formação da chapa proporcional. Os petistas estão relutando em fazer uma composição na disputa para a Câmara Federal, o que pode implodir a aliança PMDB-PT na chapa majoritária. “Existe uma situação que claramente me constrange que é a indefinição das coligações proporcionais e isso implica diretamente na eleição majoritária”, afirmou o ex-prefeito Veneziano Vital do Rêgo, pré-candidato do PMDB ao governo do Estado.

Já o ex-governador José Maranhão, que preside o PMDB no Estado, lembrou que, antes, o problema do PT era com a chapa para deputado estadual. “Por ora, nós temos uma pendência forte na chapa proporcional. Se antes era na estadual, o foco passou a ser na federal”, destacou Maranhão. Sobre os boatos de que Veneziano poderá desistir da candidatura, ele disse que o assunto não está em pauta dentro do PMDB. “Até agora não se cogitou. Eu acho que a melhor equação para o PMDB é a candidatura própria”.

Por outro lado, Maranhão afirmou não ver nenhum problema em manter conversas com Cássio Cunha Lima e com Ricardo Coutinho.

“Eu converso com todo mundo. Converso com Cássio e com Ricardo sem nenhum constrangimento”, afirmou. Indagado sobre quem seria o vice na chapa de Veneziano, ele disse que o nome só será anunciado na undécima hora e lembrou que os outros concorrentes também não definiram ainda as suas chapas. “Não se sabe quem é o vice de Cássio, não se sabe quem é o vice de Ricardo”.

Por enquanto, o PMDB trabalha para fechar um acordo com PT e PSC na chapa proporcional, o que não está sendo fácil, conforme declarações dos próprios peemedebistas. A expectativa é que o problema seja resolvido antes das convenções programadas para o final de semana. “Uma vez essa coligação acontecendo, PMDB, PT e PSC, ela será muito satisfatória para a chapa majoritária encabeçada pelo PMDB e também na proporcional”, afirma o deputado estadual Raniery Paulino.

Ele admite que o PMDB está sendo assediado, tanto por Cássio como por Ricardo, para fazer uma composição, mas nega a retirada da candidatura de Veneziano. “Quem não quer ter o apoio do PMDB em uma possível não candidatura? Isso não está colocado, o que está mantida é a candidatura do PMDB. Temos parceiros preferenciais, a exemplo do PT, então esse é um diálogo que tem que se fazer em conjunto com outros partidos. A minha tese, o meu desejo é de candidatura própria do PMDB e que essa composição seja feita com o PT e PSC, na majoritária e também na proporcional. Tenho apostado tudo nisso e tenho apostado nessa tese”, destacou Raniery Paulino.