O prefeito interino de Patos, Bonifácio Rocha (PPS), anunciou nesta terça-feira (21) que pretende analisar contratos para reduzir despesas da administração municipal. Ele assumiu o cargo há menos de uma semana, após a Justiça determinar o afastamento do titular, Dinaldo Wanderley Filho (PSDB), por conta das investigações da Operação Cidade Luz.
“Iremos reavaliar os contratos e promover a exoneração de quem não está trabalhando. Reduzir despesas para deixar a Prefeitura dentro do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”, afirmou Rocha em entrevista coletiva . O prefeito também disse que vai pedir uma postura “mais responável e ética” dos secretários e aqueles que não se enquadrarem vão ser substituídos. Até agora, ele só trocou o comando da secretaria de Finanças.
O prefeito já havia adiantado ao JORNAL DA PARAÍBA que um dos grandes problemas da gestão é o alto gasto com a folha de pessoal,que chega a R$ 8,7 milhões. Ele assumiu com 3.603 servidores, sendo 423 comissionados e 898 contratados por excepcional interesse público. Bonifácio já exonerou 70 comissionados.
“Lamento muito não ter tido tempo para uma transição, e por essa razão estamos fazendo o levantamento dos problemas existentes para tomar, paulatinamente, as medidas que se fizerem necessárias”, disse o prefeito.
Bonifácio também falou sobre a necessidade de promover o enxugamento da máquina administrativa. “Não vamos esconder os problemas, muito pelo contrário, buscaremos ajuda na Câmara de Vereadores, das instituições de controle e da sociedade civil organizada, para se tirar uma carta programa responsável, honesta e condizente com a grandeza do povo de Patos, que não merece tanta opressão”, pontuou.
Afastamento de Dinaldinho
Bonifácio Rocha assumiu a prefeitura na quarta-feira (15). No dia anterior, a Justiça determinou o afastamento do prefeito, Dinaldinho Wanderley (PSDB), e de outros dois servidores públicos, com base na denúncia oferecida pelo Ministério Público da Paraíba contra 13 investigados na Operação Cidade Luz.
Os integrantes do grupo estão sendo processados por crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, desvio de recursos públicos, fraude em licitação e lavagem de capitais.
