A questão da habitação precisa ser tratada com mais importância para que o déficit no setor seja resolvido. A opinião é da professora e especialista na área Betta Romano que participou de uma mesa redonda na CBN João Pessoa, nesta sexta-feira (9), junto com o empresário da construção civil Irenaldo Quintans. O debate fez parte da série ‘Desafios do Novo Governo’, produzida pelos veículos da Rede Paraíba de Comunicação durante toda a semana.
“Não se dá à habitação a mesma importância que é dada à educação e saúde, isso em matéria de orçamento. Enquanto educação e saúde têm uma parcela dentro do plano de investimentos da União, a habitação não tem. Isso significa que não há uma obrigatoriedade de investimento dada pelo orçamento da União”, afirmou a professora.
Betta rememorou que o déficit habitacional, que na Paraíba atinge 121 mil famílias, é uma questão histórica. De acordo com ela, o problema começou com o processo de migração em direção aos grandes centros urbanos, devido à industrialização e a necessidade de buscar um trabalho melhor onde havia os centros produtivos, e as cidades não tinham organização para receber o contingente.
Para Irenaldo Quintans o programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, idealizado pelo governo federal, tem colaborado para sanar o problema do déficit. “Grupo de pessoas que não têm condições de com sua própria renda adquirir seu imóvel está sendo agraciado com esse programa de Estado que recuperou a política habitacional”, afirmou.
Quintans também disse que é preciso se atentar para construção de conjuntos habitacionais com infraestrutura adequada. “O Minha Casa, Minha Vida precisa corrigir isso. Já se evoluiu muito. No passado se fez coisa muito pior, se fazia conjuntos habitacionais de qualidade ruim e em locais ermos”, pontuou.
