A possibilidade de unificação das eleições gerais e municipais – que atualmente ocorrem em períodos diferentes, com dois anos de diferença -, em discussão no Congresso Nacional, não deverá contar com o apoio do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB). Pelo menos foi o que o gestor deixou claro ao comentar o assunto em entrevista concedida à imprensa paraibana, no final da manhã desta segunda-feira (8), no Palácio da Redenção.
De acordo com o socialista, a classe política está sofrendo ataques de todas as partes pelos próprios erros, e que acabaram por influenciar uma forte crise de legitimidade para o país. “Se eu fosse parlamentar, a minha posição seria contra isso e a favor da realização das eleições. Se eu pudesse, até antecipava, porque na verdade o Brasil passa por uma profunda crise de legitimidade. Uma forte crise social, que está aprofundando o ódio, a intolerância e nenhuma nação pode viver dessa forma”, disse Ricardo numa clara alusão ao governo do presidente da República, Michel Temer (PMDB).
O governador ainda confirmou que não deverá comparecer a uma reunião de cúpula que o PSB nacional deverá promover em Brasília, na próxima quinta-feira (11). Segundo ele, estará no mesmo dia em Salvador (BA), participando de uma reunião com os demais governadores nordestinos. No entanto, Ricardo Coutinho cobrou publicamente o início das discussões dentro do partido em relação ao posicionamento para as eleições de 2018.
“Eu não estou discutindo candidatura minha a esse ou a aquele cargo. Eu não discuto candidatura minha para o que quer que seja. Agora, o que tenho a fazer com o meu partido é começar a discutir o posicionamento para 2018, é isso que o PSB precisa fazer com todas as suas lideranças”, disse.
As declarações de Ricardo Coutinho ocorreram durante o lançamento do Programa Mais Trabalho, que prevê a execução de um pacote de obras nas áreas de infraestrutura, saúde e educação, visando a segurança hídrica e a melhoria da qualidade de vida do paraibanos, com investimento no valor de R$ 572,1 milhões.
