Rodrigo Maia diz que radicalismo atrasou o Brasil e prega governo de consenso

Pré-candidato à presidência, deputado visita Catolé do Rocha, terra de seu avô.

Rodrigo Maia diz que radicalismo atrasou o Brasil e prega governo de consenso
Em campanha a presidente,  Rodrigo Maia é recebido, em Catolé do Rocha, pelo prefeito em exercício Laurinho Maia e familiares

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), começou a sua caminhada ao Palácio do Planalto por Catolé do Rocha, no Sertão da Paraíba, terra natal do seu avô, Felinto Maia. Ele disse que o radicalismo atrasou o Brasil e pregou um projeto de consenso para alavancar o desenvolvimento social e econômico do país.

“Esse radicalismo que a gente viveu nos últimos anos atrasou muito o país. Todos os governos que o Brasil teve deixaram acertos e erros, mas acho que o Brasil ficou muito atrasado ao que poderia ter avançado. Exatamente por causa desse extremismo. As pessoas conversam pouco, dialogam pouco e acho que isso precisa mudar. Precisa-se de um projeto que tenha diálogo e equilíbrio para que todos sentem à mesa e possam construir projetos que tenham consenso”, ressaltou o pré-candidato à Presidência da República.

Com um discurso de centro para se contrapor ao PT, de Luiz Inácio Lula da Silva, e ao PSL, do deputado Jair Bolsonaro, Rodrigo Maia quer armar um palanque com vários partidos, a exemplo do PP, PR, PRB, PHS e Solidariedade, entre outras agremiações. Ele estava acompanhado dos deputados federais Efraim Filho (DEM), Aguinaldo Ribeiro (PP) e Hugo Motta, que vai trocar o MDB pelo PRB.

“É o início da construção de um projeto, começando pelo Sertão da Paraíba. A cidade da origem de minha família para que a gente possa conhecer de perto os problemas, ouvir, conversar e na convenção de agosto possa apresentar a candidatura com um projeto que tenha relação direta com os problemas do Brasil”, destacou Maia.

O presidente da Câmara dos Deputados também comentou a citação do seu nome na Operação Lava Jato. Rodrigo Maia sublinhou que foi mencionado de forma caluniosa, mas que a verdade prevalecerá e mostrará a sua inocência.

Barbaridade

Rodrigo Maia falou sobre a violência no Rio de Janeiro e classificou de barbaridade o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). Ele afirmou que é preciso esperar as investigações. O democrata disse que “faltou ali um trabalho de informação, já que todas sabiam que com a intervenção militar alguma reação poderia vir”.

Com relação à Reforma Previdência, o deputado Câmara disse que, após o fim da intervenção, é preciso discutir, por exemplo, pontos que ele classifica de injustos, a exemplo do fator de tempo para se aposentar, no qual, o trabalhador da iniciativa privada tem o benefício com 55 anos, enquanto outros setores precisam de 65 anos para lograr o benefício.

Campanha

Em ritmo de campanha, Rodrigo Maia desembarcou, no final da manhã, no aeródromo de Patos, onde concedeu uma rápida entrevista. De lá, seguiu de carro para Catolé do Rocha. Na prefeitura daquela cidade, ele foi recebido pelo seu primo, o prefeito em exercício Laurinho Maia (DEM) e por outros familiares.

O presidente ainda ouviu pleitos e se dispôs a ajudar a administração. Rodrigo ainda fez um ato na frente do poder Executivo local, quando visitou o busto da Praça Sérgio Maia, esse doado pelo seu avô em homenagem ao parente. Depois houve um almoço na fazenda do prefeito, onde ele atendeu jornalistas e posou para diversas fotos.

Rodrigo, em seguida, foi para a cidade vizinha de São Bento, onde participou ao lado do prefeito Jarques Lúcio (DEM) de solenidade pública com a entrega de equipamentos e ônibus escolares. Depois, ele retornou a Patos e embarcou.