O plenário da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realiza nesta quarta-feira (4), às 15h, uma audiência pública para debater sobre possíveis irregularidades, com denúncias de superfaturamento e desvio de recursos públicos, na obra do Novo Parque da Lagoa, na gestão do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD). O debate foi proposto pelo deputado Aníbal Marcolino (PSD), correligionário e ex-aliado de Cartaxo, após a oposição ao prefeito não conseguir emplacar a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal da capital para investigar o caso.
Anibal Marcolino justificou que é preciso que as denúncias de possíveis desvios de R$ 6,4 milhões de recursos federais, apontados em relatórios da Controladoria Geral da União (CGU) e da Polícia Federal (PF), durante a execução da obra precisam ser melhor explicados.
O deputado disse que entregou em mãos os convites para que o secretário de infraestrutura, Cássio Andrade, e de Planejamento, Daniela Bandeira, além de representantes da PF, da CGU, do Aterro Sanitário de João Pessoa, da empresa Compeq, responsável pela obra, além da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), vereadores de João Pessoa e deputados estaduais. “É importante esse debate até para tirarmos dúvida”, comentou.
A oposição vem tentando travar o debate na Câmara Municipal, com a instalação de uma CPI desde o ano passado, quando o primeiro relatório da CGU apontou irregularidades na obra da Lagoa. Recentemente os oposicionistas chegaram perto, com o aceno da vereadora Raíssa Lacerda (PSD) em ser a nona assinatura sobre o pedido de instalação, mas a aliada do prefeito acabou recuando.
Cartaxo disse nesta quarta-feira que a oposição vai continuar “sofrendo” ao tentar desqualificar a obra que, segundo ele, é o cartão postal da cidade de João Pessoa. “Se o deputado, que está re-estreando na Assembleia, gosta tanto de CPI lá tem uma que está congelada há cinco anos, a do Empreender-PB. Ele poderia tentar fazer que ela voltasse a tona, que é mais vinculada à Casa”, alfinetou, referindo-se a possíveis irregularidade na concessão de benefícios pela gestão do govenardo Ricardo Coutinho (PSB), nunca instalada na Assembleia Legislativa.
