Sem reajuste há seis anos, profissionais de saúde de JP fazem protesto na Câmara

Após manifestação, eles conseguiram audiência com secretário da pasta.

Foto: Olenildo Nascimento/CMJP
Sem reajuste há seis anos, profissionais de saúde de JP fazem protesto na Câmara
Profissionais de saúde realizaram protesto na Câmara de João Pessoa para cobrar melhorias. Foto: Olenildo Nascimento/CMJP

Um grupo de profissionais de saúde, que trabalham para a Prefeitura de João Pessoa, ocupou as galerias da Câmara Municipal na manhã desta quarta-feira (7) para cobrar melhorias para a categoria. Eles apresentaram uma pauta de reivindicações da categoria e solicitaram uma reunião com o prefeito da Capital, Luciano Cartaxo (PV). Os servidores alegam que estão sem reajuste salarial há seis anos e criticam o valor do adicional de insalubridade pago pela administração municipal, dentre outras queixas.

Segundo a representante do grupo, a fisioterapeuta Kelina Rocha, a pauta de reivindicações do movimento cobra a efetivação de direitos trabalhistas legítimos que, segundo os profissionais, não têm sido garantidos pela Gestão Municipal. “São seis anos sem reajuste salarial. Os servidores de saúde do Município não têm piso salarial, data-base ou adicional noturno. O valor da insalubridade é irrisório. Está sendo muito difícil o profissional de saúde atuar no Município com as condições de trabalho e remuneração oferecidas”, reiterou.

Durante a conversa, os vereadores conseguiram articular uma reunião da categoria com o secretário municipal de saúde, Adalberto Fulgêncio, para discutir a viabilidade das reivindicações e marcar um encontro com o prefeito Luciano Cartaxo. A audiência com o gestor de saúde vai ocorrer na tarde desta quarta-feira (7).

Debate

O assunto foi tema de pronunciamentos e de reunião dos profissionais com os vereadores, ainda nesta manhã. O vereador Marcos Henriques (PT) lembrou que foi por meio de audiência pública de sua autoria que o movimento se estruturou para montar a pauta de reivindicações e pedir diálogo com a Gestão Municipal. “Esperamos reabrir o canal de diálogo, temos uma reunião com Adalberto Fulgêncio. Espero que ela flua, porque os trabalhadores estão cansados. Seis anos sem negociar com a categoria é muito tempo. Esperamos que a Prefeitura receba os trabalhadores e dê dignidade a eles, caso contrário, a greve geral por tempo indeterminado será inevitável”, avaliou.

O líder da situação na Casa, vereador Milanez Neto (PTB), destacou que a bancada de governo na Casa sempre recebeu os profissionais de saúde, e que a gestão tem avançado na saúde pública. “O diálogo vai existir, como sempre existiu com todas as categorias. Na minha vida pública, não sou movido a aplausos ou a vaias, sou movido a argumentos. Argumentos de uma gestão que tem sido humana, não tem atrasado salários, nem descumprido compromissos. Uma gestão que nunca utilizou-se da Polícia Militar para retirar agentes de saúde deste Plenário”, afirmou, citando outras administrações. Ele lembrou ainda a efetivação de servidores agentes de saúde e a redução da carga horária de 40 para 30 horas de profissionais de enfermagem realizadas pelo prefeito.