Temer: reformas geram “incompreensões típicas da democracia”

Declaração do presidente foi em resposta ao Dia de Greve Geral na sexta. 

Temer: reformas geram "incompreensões típicas da democracia"O presidente Michel Temer (PMDB) disse neste domingo (30) que as reformas propostas pelo governo federal são fundamentais para o país e, citando a reforma trabalhista, gera "incompreensões, objeções, contestações, mas que são típicas da democracia plena". A declaração foi uma resposta aos protestos de rua realizados na última sexta-feira (28). O presidente disse ainda que país vai continuar a trabalhar com ou sem protesto.

"Quero aproveitar para contar a todos, especialmente à imprensa brasileira, que eu acabei de transmitir ao senhor vice-primeiro-ministro, as reformas fundamentais que nós estamos fazendo no Estado brasileiro, dentre elas a trabalhista que gera, em um primeiro momento, naturalmente incompreensões, objeções, contestações,  mas que são típicas da democracia plena que nós vivemos em nosso país", disse Temer, em São Paulo, na cerimônia de abertura da Casa Japão, ao lado do primeiro-ministro do Japão, Taro Aso.

No discurso, o presidente disse que o Brasil continuará a funcionar com ou sem protestos. "O Judiciário, o Executivo, o Legislativo e o brasileiro é naturalmente um povo otimista, um povo que não tem pessimismo em nenhum instante. Por isso é que nós dizemos: aconteça o que acontecer, haja protestos, não haja protestos, o Brasil continua e continuará a trabalhar". 

Sobre os atos e greve geral de várias categorias no país em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência, temer disse que a mensagem é lançada especialmente para os investidores brasileiros e naturalmente os investidores japoneses. "Como mencionou o governador Geraldo Alckmin [também presente na cerimônia], já vem aplicando intensamente no nosso país. É para dar tranquilidade e a segurança de que nós estamos desobstruindo os caminhos da economia para alcançar a tranquilidade de todo o povo brasileiro e especialmente eliminar o desemprego, que aflige a muito nesse momento”, acrescentou Temer.

O presidente reuniu-se com o vice-primeiro-ministro japonês, a portas fechadas, pouco antes do evento.